FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp
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precisavam, às vezes, de duas a três pessoas, então era bem complicado. E às<br />
vezes, você pega peso além do seu porte físico, além do que você suporta. E<br />
foi assim durante muitos anos. Daí eu trabalhei no pronto-socorro. Empurrava<br />
maca com pacientes pesados. Muitas vezes você até descia com o paciente,<br />
empurrando-o pela rampa,<br />
sozinha. A gente fazia porque eram poucos<br />
funcionários e não tinha como. Então isso contribuiu muito porque forçava<br />
muito a coluna da gente.” (Babosa 1)<br />
“[...] eu trabalhava na Central de Material, pegava aquelas caixas pesadas e<br />
ficava muito na posição da cervical abaixada (para lavar o material), e aquele<br />
formigamento, aquela dor que, a posição que você sentava no banco, mal<br />
posicionada [...]” (Babosa 8 )<br />
“[...] a última coisa que ele vai tentar é eu evitar, ao máximo, de pegar peso.<br />
Inclusive ele falou que o peso maior que eu poderia estar pegando é uma<br />
caneta, uma escova de dente. Eu falei para o doutor que era impossível, pois a<br />
gente trabalha em um hospital, mesmo readaptada, é impossível fazer isso.”<br />
(Babosa 16)<br />
“[...] eu não podia mais mexer com o paciente, fazer força [...] E nas centrais de<br />
materiais eu teria que pegar caixas pesadas, caixas de mais ou menos 100<br />
peças. Eu tinha que ficar em uma mesma posição, montando essas caixas por<br />
várias horas e, eu não agüentava ficar.” (Babosa 21).<br />
“Meu problema é antigo e quanto mais eu forço, mais dói [...] Então na<br />
enfermagem, foi ficando cada vez mais difícil manipular o paciente, erguer do<br />
leito, virar para limpar, então cada vez foi agravando mais.” (Manjericão 2)