FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp

Nesse contexto, os riscos psicossociais corroboram com a fadiga mental
e o estresse, causando danos à saúde do trabalhador, entre eles a sobrecarga
quantitativa, a carga qualitativa, conflitos de papéis e responsabilidades, falta
de apoio social e estressores físicos e específicos, neste último, o trabalho em
turnos 15, 16 .
Os próprios pacientes e familiares transferem a responsabilidade do
sucesso do tratamento ao hospital e, portanto, à equipe de enfermagem,
recusando-se, algumas vezes, a participar da tomada de decisões,
sobrecarregando psicologicamente essa equipe.
Dessa forma, a enfermagem lança mão de mecanismos de defesas para
superar esses desafios diários em sua carreira profissional, envolvendo a
“tarefa primária”, tendo como subsídios as tecnologias disponíveis, a
organização da satisfação social e psicológica e apoio no trabalho para lidar
com a ansiedade.
Esses mecanismos, denominados por Menzies (1970) 10 , como defesas
organizadas socialmente, que são resultado de concordância e interações de
cumplicidade, amiúde inconsciente, entre os membros da organização, tendem,
portanto, a tornar-se um aspecto da realidade externa com o qual novos e
antigos membros da instituição devem entrar em acordo.
Alguns mecanismos identificados pela mesma autora são:
1) A fragmentação do relacionamento enfermeiro-paciente oferece
alguma proteção contra ansiedade, prevenindo o contato efetivo de
maneira integral com o paciente, mediante o cumprimento de uma