FACULDADE DE MEDICINA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO ... - Unesp
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1. Excesso de peso, pouco funcionário na clinica, tá Aí começou uma<br />
“fisgada” na mão! (expressão de dor). Foi adormecendo, adormecendo a mão,<br />
aí fui ao médico, uma licença atrás da outra, aí foi indo, indo, indo, até que,<br />
muita coisa aconteceu. (Muita coisa aconteceu) Muita coisa aconteceu, muito<br />
paciente para poucos funcionários, 1 com a clínica com 32 leitos, clinica<br />
feminina, na época, (Clinica feminina), depois virou clinica médica, (Tinham 32<br />
pacientes) Tinham 32 pacientes na clinica.<br />
2. Mais funcionários, divisão de leitos por funcionários, senão vai cada vez<br />
mais funcionário ficar doente, e a postura do funcionário mexer com a cama,<br />
postura, chamar o colega para te ajudar a colocar o paciente no leito, ou tirar<br />
ele da cama para a cadeira de banho e colocar sentado; porque sozinho você<br />
não consegue, o banho de leito também tem postura correta 2 , do jeito que se<br />
pega o paciente, se vira, virar ao mesmo tempo, e quando tirar do leito pra<br />
maca, tirar em dois, em dois às vezes você não consegue! Porque o paciente é<br />
obeso, entendeuE sozinho você não consegue fazer nada, e esforço, esforços<br />
repetitivos, ver pressão de 32 pacientes sozinha, a temperatura sozinho 3 , já<br />
imaginou Naquela época não tinha, era você e você! E a chefia não via isso!A<br />
chefia não via a chefia não acreditava que eu tava doente, ficando doente, eu<br />
não tive apoio, eles riam na minha cara, (expressão de humilhação e tristeza),<br />
e no final falavam que eu estava atrapalhando o setor, (sentimento de tristeza e<br />
indignação). 4 Teve uma época que não podia mais empurrar maca, começou a<br />
cair os objetos de minha mão, a mão não obedecia mais, era uma licença atrás<br />
da outra, uma atrás da outra, fiz de tudo, foi difícil! Entendeu<br />
3. No começo eu me senti assim, como fala jogada pras traças, jogada prô<br />
canto, (Jogada prô canto) Prô canto!!!Aquela lá não serve mais! Não serve<br />
mais!!! Isso dói bastante, não poder mais mexer com o paciente 5. Aqui tá<br />
melhor, mas, (Aqui), mexe com a cabeça, (Atualmente desempenha as<br />
funções na COMSAT). É, você descansa o braço, faz um ano, um ano e meio,<br />
em agosto, eu saí da clinica cirúrgica em janeiro de 2006, eu não tirei mais<br />
licença! (Satisfação). Não, não, não tirei mais licença!!!Mas agora surgiu a<br />
fibromialgia. Uma coisa foi virando a outra, apareceu outro caso. Se eu ficar<br />
nervosa, ataca. (Falou para causar impacto, me parece). (Perguntei: Se você<br />
ficar nervosa). É, eu tomo psicotrópico a noite! Agora a fibromialgia não é<br />
considerada uma doença ocupacional do trabalho, é uma doença mental.<br />
(Doença mental). Doença mental! (Fez questão de frisar). Tem gente que não<br />
dá bola pra isso, muito funcionário aqui tem, (nesse momento a funcionária<br />
explicou a respeito dos pontos em que a fibromialgia ataca). (Retomei<br />
perguntando: e na atual atividade, como está se sentindo) Sentindo bem, de<br />
vez em quando “enche o saco”, néTem funcionário, a gente precisa de muita<br />
paciência com funcionário, dá muita dor de cabeça!Faço periódicos (exames),<br />
atendimento ambulatorial, eu vejo a pressão, mas com o outro braço, é assim,<br />
faço investigação, mas tem gente que acha que eu estou passeando no<br />
hospital!!! 6 . Aqui é um lugar bom, todo mundo quer, mas dá uma dor de<br />
cabeça, é muita responsabilidade, tem muito segredo que eu não posso falar,<br />
agora veio os perfuro-cortantes para acompanhar,<br />
4. A chefia olhar mais para o funcionário. Tem muito funcionário que está<br />
doente e eles não sabem, aqui já teve dois suicídios!!!Eles acham que o