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a segurança de barragens ea gestão de recursos hídricos no brasil

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ecursos hídricos, conforme estabelecido <strong>no</strong>s pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> hídricos das<br />

respectivas bacias hidrográficas.<br />

Quanto ao Estado do C<strong>ea</strong>rá, cabe ressaltar que as ações po<strong>de</strong>m ser divididas em<br />

duas fases. Antes <strong>de</strong> 1987, predomi<strong>no</strong>u <strong>no</strong> C<strong>ea</strong>rá a ação do DNOCS 10 , com a construção <strong>de</strong><br />

obras hídricas (canais, adutoras, açu<strong>de</strong>s, poços, estações elevatórias, perímetros irrigados<br />

etc.) <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte. Através <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> cooperação com os municípios e<br />

proprietários rurais, o DNOCS participou também do projeto e financiou a construção <strong>de</strong> um<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> açu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> peque<strong>no</strong> e médio porte. Nesta fase, <strong>de</strong>staca-se ainda o trabalho<br />

dos seguintes órgãos: a) Departamento <strong>de</strong> Poços e Açu<strong>de</strong>s da SOEC 11 ; b) SOSP 12 ; c)<br />

CAGECE 13 , que com o apoio do extinto DNOS 14 , projetou e construiu as obras do Sistema<br />

Pacajus-Pacoti-Riachão-Gavião e Canal do Trabalhador que integram o Sistema <strong>de</strong><br />

Abastecimento da Região Metropolitana <strong>de</strong> Fortaleza; d) Outras instituições, tais como<br />

DAER 15 , INCRA 16 e Secretaria <strong>de</strong> Ação Social, e programas governamentais com a construção<br />

<strong>de</strong> obras em épocas <strong>de</strong> emergência, <strong>de</strong>vido às secas.<br />

As ações <strong>de</strong>stes órgãos, complementadas pelas dos proprietários rurais, resultou<br />

em um imenso número <strong>de</strong> obras hídricas que possibilitaram ao C<strong>ea</strong>rá conviver com as<br />

características peculiares do seu meio físico e as irregularida<strong>de</strong>s climáticas da Região<br />

Nor<strong>de</strong>ste. Menescal et allii (2001a) apresenta algumas generalida<strong>de</strong>s sobre a construção<br />

<strong>de</strong> açu<strong>de</strong>s e avalia o número <strong>de</strong> <strong>barragens</strong> existentes <strong>no</strong> Estado do C<strong>ea</strong>rá em aproximadamente<br />

30.000 consi<strong>de</strong>rando-se todos os tamanhos e tipos.<br />

Estas obras hídricas foram operadas e mantidas <strong>de</strong> forma diferenciada. As construídas<br />

pelo DNOCS eram operadas por equipes sediadas junto aos reservatórios e perímetros<br />

irrigados e recebiam alguma manutenção. O mesmo po<strong>de</strong> ser dito em relação aos barramentos<br />

da CAGECE na Região Metropolitana <strong>de</strong> Fortaleza. Já as obras públicas construídas pelo<br />

Estado eram <strong>no</strong>rmalmente entregues às Prefeituras e quase não recebiam cuidados <strong>de</strong><br />

manutenção. Quanto à manutenção dada às obras particulares, esta varia muito em função<br />

do interesse e disponibilida<strong>de</strong> financeira dos proprietários rurais.<br />

Após 1987, <strong>de</strong>u-se um marcante salto qualitativo na gestão dos <strong>recursos</strong> hídricos do<br />

C<strong>ea</strong>rá. Com a criação da SRH 17 (Lei n. 11.306 <strong>de</strong> 01/04/87), teve início a efetiva estruturação<br />

institucional e o planejamento do setor hídrico do C<strong>ea</strong>rá, concomitante ao estabelecimento<br />

<strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> hídricos.<br />

Dentro da ótica <strong>de</strong> gerenciamento dos <strong>recursos</strong> hídricos assumida a partir <strong>de</strong> 1987,<br />

<strong>no</strong> que diz respeito à operação e segurança das obras hidráulicas, foram empreendidas as<br />

10<br />

Departamento Nacional <strong>de</strong> Obras Contra as Secas<br />

11<br />

Superintendência <strong>de</strong> Obras do Estado do C<strong>ea</strong>rá<br />

12<br />

Secretaria <strong>de</strong> Obras e Serviços Públicos<br />

13<br />

Companhia <strong>de</strong> Água e Esgoto do Estado do C<strong>ea</strong>rá<br />

14<br />

Departamento Nacional <strong>de</strong> Obras e San<strong>ea</strong>mento<br />

15<br />

Departamento Autô<strong>no</strong>mo <strong>de</strong> Estradas e Rodagens<br />

16<br />

Instituto Nacional <strong>de</strong> Colonização e Reforma Agrária<br />

17<br />

Secretária dos Recursos Hídricos<br />

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