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a segurança de barragens ea gestão de recursos hídricos no brasil

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Segundo Mello (2000), é hipócrisia não julgar os passos da migração da<br />

profissão com reconhecimento sincero que as principais causas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e<br />

<strong>de</strong>sempenhos insatisfatórios não eram fortuitamente probabilísticas (como por “tipos<br />

<strong>no</strong>m<strong>ea</strong>dos” <strong>de</strong> <strong>barragens</strong>), mas dominantemente <strong>de</strong>terminísticos, pelas <strong>de</strong>cisões<br />

sim-não dos engenheiros apoiadas em insuficiente conhecimento, dados, capacida<strong>de</strong>s<br />

etc.<br />

Este trabalho apresenta um estudo das incertezas envolvidas nas diversas<br />

fases da vida <strong>de</strong> uma barragem. A estas incertezas, estão associadas am<strong>ea</strong>ças.<br />

Algumas <strong>de</strong>stas am<strong>ea</strong>ças po<strong>de</strong>m ser quantificadas e tratadas pela metodologia <strong>de</strong><br />

análise <strong>de</strong> risco, enquanto outras, <strong>de</strong> caráter mais subjetivo, ainda não po<strong>de</strong>m ser<br />

tratadas por esta metodologia <strong>de</strong> forma direta. Menescal et allii (1999) apresenta<br />

uma metodologia para quantificação <strong>de</strong> e priorização <strong>de</strong> ações para mitigação <strong>de</strong><br />

riscos ambientais e sociais.<br />

A Figura 1 apresenta um esquema que tenta ilustrar, ao longo das diversas<br />

fases <strong>de</strong> uma barragem, como a análise <strong>de</strong> risco po<strong>de</strong> ser útil para que a segurança<br />

estrutural e operacional, consi<strong>de</strong>rando aspectos econômicos, sociais e ambientais,<br />

seja alcançada. O gráfico na parte <strong>de</strong> baixo mostra a evolução do risco ao longo do<br />

tempo, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se observar a redução do risco nas fases iniciais <strong>de</strong> planejamento,<br />

projeto e construção e o posterior controle do risco através <strong>de</strong> r<strong>ea</strong>valiações periódicas<br />

e intervenções necessárias para manter o risco abaixo do nível aceitável pela<br />

socieda<strong>de</strong> (NRA).<br />

Inicialmente são discutidas as discrepâncias entre o mo<strong>de</strong>lo proposto para<br />

uma barragem e a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong> imposta durante a sua execução e gestão e as formas<br />

<strong>de</strong> minimizá-las.<br />

A seguir é feita uma apresentação dos principais tipos <strong>de</strong> incertezas envolvidas<br />

em <strong>barragens</strong>, com a relação <strong>de</strong> comentários <strong>de</strong> alguns autores sobre este assunto.<br />

Uma relação <strong>de</strong> incertezas para as diversas fases da vida <strong>de</strong> uma barragem é<br />

apresentada, juntamente com as am<strong>ea</strong>ças inerentes e as respectivas medidas<br />

preventivas propostas para sua minimização.<br />

2 – MODELOS “VERSUS” REALIDADE<br />

A partir da abstração proposta em Miranda (1990), que apresenta uma<br />

formulação algébrica para discutir as discrepâncias entre os mo<strong>de</strong>los e a r<strong>ea</strong>lida<strong>de</strong>,<br />

po<strong>de</strong>mos inserir a parcela <strong>de</strong> Gestão representando todas as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

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