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a segurança de barragens ea gestão de recursos hídricos no brasil

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construção, portanto <strong>de</strong>vem ser prioritárias para inspeções e avaliações da segurança.<br />

Gehring (1987) cita que a barragem po<strong>de</strong> ser classificada quanto a um grau<br />

potencial <strong>de</strong> risco que oferece para as pessoas e benfeitorias e é função <strong>de</strong> fatores<br />

como: tipo <strong>de</strong> barragem (Tb), volume do reservatório (Vr), altura da barragem (H),<br />

distância da barragem ao principal e primeiro aglomerado urba<strong>no</strong> ou proprieda<strong>de</strong> à<br />

jusante (L), diferença <strong>de</strong> cotas entre a superfície do reservatório e o núcleo urba<strong>no</strong><br />

(D); <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional à jusante (P); e sismicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> região (S); e foi<br />

<strong>de</strong><strong>no</strong>minado <strong>de</strong> IPP (índice <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> em potencial) por Sarkaria, em 1976.<br />

Negrini (1999) propõe uma classificação para <strong>de</strong>finir o estado e risco em que<br />

a barragem se encontra num <strong>de</strong>terminado momento, permitindo assim, numa<br />

linguagem única, caracterizar o potencial <strong>de</strong> risco da estrutura ou <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

situação, com ações pré <strong>de</strong>terminadas que <strong>de</strong>vem ser tomadas ou preparadas, assim<br />

que se tomar conhecimento do fato. Permite também que as informações circulem<br />

<strong>de</strong> forma homogên<strong>ea</strong> e as ações tenham a medida necessária que exige o momento.<br />

A classificação apresenta cinco níveis: nível 1 – <strong>no</strong>rmalida<strong>de</strong>; nível 2 – atenção;<br />

nível 3 – alerta; nível 4 - alerta total e nível 5 – emergência.<br />

No inci<strong>de</strong>nte da barragem do Engordador, se os técnicos estivessem<br />

familiarizados com a classificação <strong>de</strong> risco proposta ou classificação similar, com<br />

certeza a comunicação entre os agentes envolvidos fluiria mais eficientemente e<br />

rapidamente, eliminado perdas <strong>de</strong> tempo e agilizando as ações.<br />

Negrini (1999) conclui que todo o empreendimento <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sativado ou<br />

abandonado somente quando existe um estudo <strong>de</strong>talhado para a retirada da barragem<br />

<strong>de</strong> serviço acompanhado <strong>de</strong> inspeções periódicas. Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação<br />

<strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Ações Emergenciais, <strong>de</strong>limitando as ár<strong>ea</strong>s <strong>de</strong> inundação e envolvendo<br />

a comunida<strong>de</strong>, Defesa Civil, imprensa e <strong>de</strong>mais órgãos públicos. Todas as <strong>barragens</strong><br />

com mais <strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>vem sofrer estudos <strong>de</strong> r<strong>ea</strong>bilitação. O inci<strong>de</strong>nte mostrou a<br />

importância da existência <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Barragens e o quanto será<br />

árdua e complexa a implantação, porém extremamente necessária.<br />

Segundo Parsons et allii (1999) uma “Portifolio Risk Analysis” (PRA) permite<br />

ao proprietário <strong>de</strong> várias <strong>barragens</strong> estabelecer um programa <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong><br />

<strong>barragens</strong> <strong>no</strong> contexto <strong>de</strong> seu interesse e ajuda a fornecer “inputs” aos processos<br />

como capital orçado, <strong>de</strong>vidas avaliações <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e responsabilida<strong>de</strong>,<br />

planejamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas eventuais, e avaliação <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> perda e<br />

programas <strong>de</strong> seguro.<br />

Kuperman et allii (1995) <strong>de</strong>staca que operar um efetivo programa <strong>de</strong><br />

segurança <strong>de</strong> <strong>barragens</strong> po<strong>de</strong> ser tanto um <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> administração como uma<br />

preocupação técnica para proprietários <strong>de</strong> hidroelétricas e projetos <strong>de</strong> <strong>recursos</strong><br />

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