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a segurança de barragens ea gestão de recursos hídricos no brasil

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os problemas. Deve ser um esforço contínuo, que exige o estabelecimento <strong>de</strong> vistorias<br />

e avaliações periódicas da segurança, durante toda a existência da estrutura. A<br />

vistoria é uma observação abrangente dos elementos físicos e visíveis da barragem<br />

e das suas estruturas associadas (ELETROBRÁS, 1987).<br />

O “Bur<strong>ea</strong>u of Reclamation” <strong>de</strong>fine duas situações <strong>de</strong> a<strong>no</strong>rmalida<strong>de</strong>: a <strong>de</strong><br />

emergência (ruptura da barragem ou eminência <strong>de</strong> acontecer, “overtopping”, ou<br />

terremoto) e a <strong>de</strong> ocorrência incomum (gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>formações <strong>no</strong> maciço ou<br />

fundações, em curto período <strong>de</strong> tempo; ruptura <strong>de</strong> estruturas anexas ou equipamentos<br />

<strong>de</strong> operação, aumento inesperado e rápido das vazões dos dre<strong>no</strong>s; surgimento <strong>de</strong><br />

pontos <strong>de</strong> infiltração ou ár<strong>ea</strong>s úmidas; leituras a<strong>no</strong>rmais na instrumentação;<br />

escorregamentos <strong>de</strong> encostas; tempesta<strong>de</strong>s; substâncias tóxicas na água do<br />

reservatório; inesperada e gran<strong>de</strong> perda da fauna aquática; vandalismos, sabotagem<br />

ou atos <strong>de</strong> guerra; e outros). O programa SEED do “Bur<strong>ea</strong>u of Reclamation” adota<br />

a vistoria local e o programa <strong>de</strong> análises para avaliar a segurança <strong>de</strong> cada barragem<br />

(USBR, 1995).<br />

Segundo Viotti (1999), avaliações <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> uma mesma barragem<br />

r<strong>ea</strong>lizadas por diferentes profissionais (<strong>de</strong>vidamente treinados), com base <strong>no</strong>s<br />

mesmos dados e usando as mesmas ferramentas avançadas, na maioria dos casos<br />

darão resultados apreciavelmente diferentes.<br />

Na Companhia Energética <strong>de</strong> São Paulo-CESP os “check-lists” r<strong>ea</strong>lizados<br />

mensalmente, <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser como uma espécie <strong>de</strong> foto instantân<strong>ea</strong> da situação<br />

da usina, passando a fazer parte do banco <strong>de</strong> dados. Isto permite que se pesquise<br />

os problemas encontrados <strong>no</strong> “check-list”, ao longo do tempo, acompanhando a sua<br />

evolução. Permite, ainda, extrair uma relação <strong>de</strong> itens problemáticos, a verificação<br />

<strong>de</strong> uma estrutura específica ou um relatório completo da usina (Araújo et allii,<br />

1999).<br />

Segundo Ferreira (1999) as planilhas <strong>de</strong> inspeção são ferramentas que auxiliam<br />

o técnico na i<strong>de</strong>ntificação e registro das a<strong>no</strong>malias, caracterizando a extensão e<br />

gravida<strong>de</strong> para o início <strong>de</strong> uma avaliação mais <strong>de</strong>talhada. Permitem a elaboração<br />

<strong>de</strong> planejamento prévio da inspeção, fazendo com que o técnico percorra todas as<br />

ár<strong>ea</strong>s <strong>de</strong> interesse, estabelecendo um procedimento e uma rotina <strong>de</strong> trabalho i<strong>de</strong>al<br />

e específica para cada estrutura.<br />

2 – METODOLOGIA<br />

A utilização <strong>de</strong> inspeção visual, apoiada com uma lista, é o mais importante<br />

meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência estrutural em uma barragem e suas estruturas<br />

anexas. Conforme esclarecido em Menescal et allii (2001b) o termo a<strong>no</strong>malia foi o<br />

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