a segurança de barragens ea gestão de recursos hÃdricos no brasil
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Além das conseqüências com prejuízos diretos, como a perda <strong>de</strong> vidas<br />
humanas e os da<strong>no</strong>s materiais <strong>no</strong> açu<strong>de</strong> e nas zonas inundadas, há ainda que<br />
consi<strong>de</strong>rar os prejuízos indiretos resultantes da interrupção das ativida<strong>de</strong>s produtivas<br />
nas zonas afetadas, da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração dos <strong>recursos</strong> hídricos e os<br />
resultantes <strong>de</strong> traumas psicológicos e físicos <strong>no</strong>s sobreviventes. A <strong>de</strong>terminação<br />
exata do valor total dos prejuízos torna-se assim difícil, se não mesmo impossível,<br />
pois a atribuição <strong>de</strong> valor à vida humana é um aspecto que suscita questões <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>m moral muito profundas. Para contornar este problema alguns autores têm<br />
utilizado avaliações indiretas pelo custo por vida salva.<br />
As ações <strong>de</strong> manutenção aqui apresentadas só têm sentido dispondo-se, nas<br />
obras, <strong>de</strong> uma estrutura mínima para que estas ações passem a ser feitas pelos<br />
AGIR’s sob a supervisão direta do gerente regional. Os custos <strong>de</strong>ssas estruturas<br />
<strong>de</strong>verão ser melhor contemplados <strong>no</strong>s estudos <strong>de</strong> tarifas, pois atualmente estão<br />
sendo subsidiados pelas tarifas praticadas pela COGERH para os setores industrial<br />
e <strong>de</strong> san<strong>ea</strong>mento.<br />
Visando tentar evitar problemas futuros <strong>de</strong> manutenção e operação, vem<br />
sendo sugeridas pelo DESOH, com base na experiência da equipe <strong>de</strong> operação, e<br />
com o apoio do PISB, modificações junto aos <strong>no</strong>vos projetos <strong>de</strong> <strong>barragens</strong> <strong>no</strong> C<strong>ea</strong>rá.<br />
A priorização através da metodologia <strong>de</strong> avaliação do potencial <strong>de</strong> perigo<br />
(Menescal et allii, 2001c) permitirá uma orientação do planejamento da manutenção<br />
<strong>de</strong> forma que sejam encaminhadas as soluções e ações <strong>de</strong>scritas dando precedência<br />
<strong>de</strong> forma sistematizada em função da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> materiais,<br />
financeiros e huma<strong>no</strong>s.<br />
É importante salientar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se trabalhar em um Sistema Nacional<br />
<strong>de</strong> Segurança <strong>de</strong> Obras Hídricas junto à ANA com vistas à elaboração <strong>de</strong> <strong>no</strong>rmas<br />
e critérios técnicos mínimos, assim como metodologia <strong>de</strong> fiscalização para<br />
manutenção e segurança das obras hídricas em todo o território nacional.<br />
Ressaltamos ainda a importância <strong>de</strong> se ter uma lista <strong>de</strong> discussão pela internet<br />
sobre segurança <strong>de</strong> Obras Hídricas para garantir a permanente interação das equipes<br />
atuantes <strong>no</strong> país na dinâmica evolução <strong>de</strong>ste tema.<br />
Vale ainda <strong>de</strong>stacar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um trabalho junto aos<br />
tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre a importância <strong>de</strong> investimentos permanentes em<br />
manutenção e segurança <strong>de</strong> forma a alcançar os i<strong>de</strong>ais propostos <strong>no</strong>s princípios do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />
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