a segurança de barragens ea gestão de recursos hÃdricos no brasil
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Menescal et. allii (1996) observa que os <strong>recursos</strong> limitados dificultam o<br />
planejamento <strong>de</strong> uma manutenção preventiva que passa a se restringir a uma do<br />
tipo corretiva, para não dizer emergencial em alguns casos. O esforço para<br />
<strong>de</strong>monstrar que os custos <strong>de</strong> uma manutenção preventivos são geralmente inferiores<br />
às soluções caras e muitas vezes paliativas <strong>de</strong> uma medida emergencial é constante<br />
na tentativa <strong>de</strong> reverter este quadro. O acesso da equipe operacional durante as<br />
fases <strong>de</strong> elaboração e implementação <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos projetos, tem permitido que a<br />
experiência adquirida na operação dos açu<strong>de</strong>s influencie <strong>de</strong> forma positiva, evitando<br />
a repetição dos mesmos erros <strong>no</strong>s <strong>no</strong>vos projetos. No C<strong>ea</strong>rá, a cobrança pelo uso<br />
da água é entendida como fundamental para a racionalização do seu uso e<br />
conservação e instrumento <strong>de</strong> viabilização <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> para o seu gerenciamento,<br />
através do estabelecimento <strong>de</strong> uma tarifa pelo uso da água que cubra, pelo me<strong>no</strong>s,<br />
os custos <strong>de</strong> manutenção, operação e recuperação da infra-estrutura hídrica<br />
existente.<br />
Segundo Mellios & Cardia (1992), “Prevenir é melhor do que remediar”, diz<br />
o ditado popular; nada se aplica melhor ao caso das <strong>barragens</strong> on<strong>de</strong>, na falta <strong>de</strong><br />
prevenção, o remédio se distancia rapidamente do <strong>no</strong>sso alcance e <strong>no</strong>s resta a<br />
alternativa, também muito <strong>de</strong> uso popular, <strong>de</strong> “o que não tem remédio, remediado<br />
está; mas a que custo É a “medicina preventiva”, indivíduo a indivíduo, com registro,<br />
em fichas apropriadas, <strong>de</strong> todos os seus sintomas, doenças do passado, alergias,<br />
etc.<br />
Carvalho & Hachich (1997) apresentam um trabalho em que o problema do<br />
estabelecimento <strong>de</strong> um programa racional para gerenciamento <strong>de</strong> riscos geotécnicos<br />
urba<strong>no</strong>s é tratado <strong>no</strong> âmbito da Análise <strong>de</strong> Decisão. Consi<strong>de</strong>ra-se que o programa,<br />
ao estabelecer estratégias <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> intervenções para redução <strong>de</strong> risco,<br />
<strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar não só os benefícios potenciais, mas também os custos envolvidos,<br />
<strong>de</strong> maneira a possibilitar a a<strong>de</strong>quação do <strong>de</strong>senvolvimento do programa às<br />
disponibilida<strong>de</strong>s orçamentárias do órgão encarregado <strong>de</strong> sua execução. Dessa forma,<br />
po<strong>de</strong>-se concluir que, nas situações em que os setores <strong>de</strong> risco são numerosos e os<br />
<strong>recursos</strong> financeiros disponíveis insuficientes para a imediata intervenção em todos<br />
eles, o método <strong>de</strong> análise proposto revela-se um instrumento importante <strong>de</strong> auxílio<br />
ao administrador municipal que, através da alocação racional dos <strong>recursos</strong><br />
orçamentários, tem condições <strong>de</strong> estabelecer estratégias mais eficientes para<br />
elevação gradual dos níveis <strong>de</strong> segurança nas diversas ár<strong>ea</strong>s da cida<strong>de</strong>. Além disso,<br />
o método proposto possibilita evi<strong>de</strong>nciar as situações que exigem análises mais<br />
<strong>de</strong>talhadas para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, evitando a dispersão <strong>de</strong> <strong>recursos</strong> com estudos<br />
aprofundados para todas as alternativas concebidas para o conjunto <strong>de</strong> setores <strong>de</strong><br />
risco. Finalmente, ele permite a incorporação, quando necessário, <strong>de</strong> critério <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão complementar que leve em conta os níveis <strong>de</strong> risco admissíveis pela<br />
socieda<strong>de</strong>.<br />
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