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a segurança de barragens ea gestão de recursos hídricos no brasil

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Assim, a operação dos gran<strong>de</strong>s reservatórios da região semi-árida Nor<strong>de</strong>stina<br />

<strong>de</strong>ve ser extremamente cuidadosa, pois pelas suas características <strong>de</strong> acumulação<br />

apresentam uma extrema memória da operação passada; isto é, as vazões liberadas<br />

num <strong>de</strong>terminado período impactam na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> vazões futuras<br />

por um longo tempo (<strong>no</strong>rmalmente 2 a 5 a<strong>no</strong>s).<br />

Assim, quando se incorporam as previsões climáticas <strong>no</strong> planejamento da<br />

operação <strong>de</strong> açu<strong>de</strong>s, está sendo incorporada uma ferramenta <strong>de</strong> gerenciamento<br />

que vai diminuir as incertezas do aporte <strong>de</strong> água <strong>no</strong> período chuvoso.<br />

No caso específico da operação do SAABRMF, <strong>de</strong>vido aos açu<strong>de</strong>s<br />

metropolita<strong>no</strong>s terem enchido <strong>no</strong>s períodos chuvosos <strong>de</strong> 1994, 1995 e 1996 (Figura<br />

6), não foi necessária a importação <strong>de</strong> água da bacia do rio Jaguaribe pelo Canal do<br />

Trabalhador assim como a transferência <strong>de</strong> água do açu<strong>de</strong> Pacajús para o açu<strong>de</strong><br />

Pacoti, ficando todas as estações <strong>de</strong> bomb<strong>ea</strong>mento e os canais <strong>de</strong>sativados neste<br />

período.<br />

As principais ações empreendidas pela COGERH após ter assumido a<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela operação do SAABRMF, em outubro <strong>de</strong> 1996, po<strong>de</strong>m ser<br />

agrupadas em: planejamento, monitoramento (qualitativo e quantitativo), preservação<br />

ambiental, operação, manutenção, organização dos usuários, macromedição, outorga,<br />

cobrança e fiscalização. Cada um <strong>de</strong>stes tópicos foi <strong>de</strong>senvolvido em diversas ações<br />

com diferentes graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento ao longo do SAABRMF e culminaram com<br />

o sucesso da operação <strong>no</strong> período <strong>de</strong> crise entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1997 e 1999, conforme<br />

relatado a seguir.<br />

O sucesso das intervenções efetuadas em 1997, 1998, 1999 e 2000 po<strong>de</strong> ser<br />

mais bem compreendido analisando-se os gráficos das Figuras 6 e 7 e Tabela 2.<br />

A Tabela 3 apresenta a relação das principais ações operacionais<br />

<strong>de</strong>senvolvidas nas estruturas hidráulicas componentes do SAABRMF.<br />

Outra medida importante foi verificar os dados cota x ár<strong>ea</strong> x volume dos<br />

reservatórios, pois os resultados dos balanços hídricos r<strong>ea</strong>lizados não condiziam<br />

com os valores observados <strong>no</strong> monitoramento. Os resultados <strong>de</strong>sta ação foram<br />

surpreen<strong>de</strong>ntes. A Figura, 8 obtida <strong>de</strong> Menescal & Costa (1998), apresenta o<br />

resultado do estudo batimétrico do Açu<strong>de</strong> Gavião, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> observar que os<br />

resultados obtidos apresentam diferenças significativas quando comparados com<br />

os dados <strong>de</strong> projeto. Consi<strong>de</strong>rando os dados da cota 35,5 m o projeto indica um<br />

volume <strong>de</strong> 54x10 6 m³, enquanto que os dados referentes ao levantamento Batimétrico<br />

indicam 29,5 x10 6 m³. Os autores concluem que as divergências encontradas entre<br />

os volumes <strong>de</strong> projeto e os obtidos pela batimetria para os açu<strong>de</strong>s Gavião, Pacoti e<br />

Riachão <strong>de</strong>vem-se ao fato <strong>de</strong> que as curvas <strong>de</strong> nível da bacia hidráulica foram<br />

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