a segurança de barragens ea gestão de recursos hÃdricos no brasil
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O aporte <strong>no</strong> primeiro semestre é proveniente da afluência gerada pelas chuvas<br />
na sua bacia hidrográfica e por transferência do açu<strong>de</strong> Pacoti, através do canal <strong>de</strong><br />
interligação. No segundo semestre o aporte <strong>de</strong>ve-se exclusivamente a transferências<br />
do Açu<strong>de</strong> Pacoti.<br />
Do açu<strong>de</strong> Riachão a água é transferida para o açu<strong>de</strong> Gavião, com capacida<strong>de</strong><br />
para acumular 29,5x10 6 m³ (cota 35,5 m), através <strong>de</strong> um túnel/canal. O Açu<strong>de</strong><br />
Gavião serve como reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivação sendo mantido artificialmente acima<br />
da cota 35 m para permitir a vazão <strong>de</strong>mandada pela CAGECE – Companhia <strong>de</strong><br />
Água e Esgoto do Estado do C<strong>ea</strong>rá, na ETA Gavião. Esta medida, além da perda<br />
consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regularização, implica em intervenções sistemáticas<br />
nas comportas da torre <strong>de</strong> tomada d’água do túnel Riachão–Gavião. Abaixo <strong>de</strong>ssa<br />
cota, faz-se necessário implantar um sistema <strong>de</strong> bomb<strong>ea</strong>mento auxiliar. No período<br />
<strong>de</strong> chuvas (janeiro a junho) seria conveniente manter este reservatório na cota 34<br />
m, com um volume <strong>de</strong> espera em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> 8,3x10 6 m³, para amortecimento <strong>de</strong><br />
cheias e evitar perdas por sangria na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma afluência <strong>de</strong> maior<br />
intensida<strong>de</strong>. (Menescal et allii, 2001b).<br />
Só para exemplificar, a eco<strong>no</strong>mia <strong>de</strong> um mês <strong>de</strong> água <strong>no</strong> Gavião equivale a<br />
R$ 300.000,00, somente em custos com bomb<strong>ea</strong>mento, <strong>de</strong>ste mesmo volume ao<br />
longo <strong>de</strong> todo o SAABRMF.<br />
O aporte <strong>no</strong> primeiro semestre do a<strong>no</strong> é proveniente da afluência gerada<br />
pelas chuvas na sua bacia hidrográfica e por transferência do açu<strong>de</strong> Riachão, através<br />
do canal/túnel <strong>de</strong> interligação, quando esta afluência não é suficiente para mantê-lo<br />
na cota <strong>de</strong>sejada. No segundo semestre o aporte <strong>de</strong>ve-se exclusivamente a<br />
transferências do Açu<strong>de</strong> Riachão.<br />
Junto ao açu<strong>de</strong> Gavião está implantada a estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Água do<br />
Gavião (ETA Gavião), responsável pelo abastecimento das cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fortaleza,<br />
Maracanaú e Caucaia. Em a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> crise como em 1999 e 2000, foi instalada uma<br />
EB auxiliar <strong>no</strong> Gavião para permitir o rebaixamento do nível sem comprometer a<br />
vazão na ETA Gavião. A captação captada para esta ETA é feita na tomada <strong>de</strong><br />
água do açu<strong>de</strong> Gavião. No açu<strong>de</strong> Gavião existe também uma estação <strong>de</strong><br />
bomb<strong>ea</strong>mento (EB Gavião) para abastecer com água bruta o Distrito Industrial <strong>de</strong><br />
Maracanaú e as Cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Maranguape, Pacatuba e Guaiuba, através da inversão<br />
do fluxo na Adutora do Acarape, quando o açu<strong>de</strong> Acarape do Meio está seco ou<br />
com turbi<strong>de</strong>z elevada. A tabela a seguir <strong>de</strong>staca as principais <strong>de</strong>mandas <strong>no</strong><br />
SAABRMF.<br />
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