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Monitoramento e avaliação de projetos - Ministério do Meio Ambiente

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A experiência <strong>de</strong> pesquisa emonitoramento na ReservaExtrativista <strong>do</strong> Alto JuruáEliza M. Lozano Costa 1 , Mauro W. B. <strong>de</strong> Almeida 2 ,Augusto Postigo 3 , Raimun<strong>do</strong> Farias Ramos 4123IntroduçãoEste artigo apresenta uma experiência <strong>de</strong> monitoramento social eambiental participativo em uma área <strong>de</strong> alta biodiversida<strong>de</strong>. A área <strong>de</strong>atuação <strong>de</strong>ste projeto é um território com cerca <strong>de</strong> 500.000 hectaressituada no oeste <strong>do</strong> Acre, na fronteira <strong>do</strong> Brasil com o Peru (Mapa 1). Oterritório correspon<strong>de</strong> à Reserva Extrativista <strong>do</strong> Alto Juruá, criada por<strong>de</strong>creto-lei <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990 como uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação<strong>de</strong>stinada ao uso sustentável por populações tradicionais.A Reserva Extrativista <strong>do</strong> Alto Juruá localiza-se em terras que eram habitadasaté fins <strong>do</strong> século XIX por povos indígenas <strong>de</strong> língua Pano (Kaxinawá,Jaminawá, Amoaca, Arara e outros) e também por visitantes <strong>de</strong> línguaKarib (Ashaninka ou Campa), vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ucaiali. A maior parte <strong>de</strong>ssapopulação foi dizimada pela frente extrativista que chegou à região a partirda década <strong>de</strong> 1890.Os índios que sobreviveram ao massacre inicial ganharam direitosterritoriais, reconheci<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong>s anos 1970, em um processoainda não encerra<strong>do</strong>. Os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>s seringueiros que aportaram àregião, muitos <strong>de</strong>les <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ameríndias, ali se fixaram, e começaramtambém, seguin<strong>do</strong> o próprio exemplo indígena, a reivindicar territóri-45671Doutoranda em Ciências Sociais, IFCH/UNICAMP2Professor <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Antropologia, IFCH/UNICAMP3Doutoran<strong>do</strong> em Ciências Sociais, IFCH/UNICAMP4Seringueiro e agricultor, monitor da Reserva Extrativista <strong>do</strong> Alto Juruá1218

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