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Monitoramento e avaliação de projetos - Ministério do Meio Ambiente

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<strong>de</strong> 1991. Essa ativida<strong>de</strong>, polêmica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada <strong>do</strong>s primeiros cachorrostrazi<strong>do</strong>s pelos antigos patrões, foi sen<strong>do</strong> paulatinamente aban<strong>do</strong>nada,influenciada pelo papel <strong>do</strong> IBAMA e da ASAREAJ na região quanto àimplementação <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Uso, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que hoje a técnica <strong>de</strong> caçadacom cães praticamente <strong>de</strong>sapareceu. Um efeito imediato tem si<strong>do</strong> o aumento<strong>de</strong> onças que rondam as residências, predan<strong>do</strong> os porcos <strong>do</strong>mésticosque eram cria<strong>do</strong>s soltos na mata.Os monitores gostam <strong>de</strong> comparar seus da<strong>do</strong>s: quantos dias <strong>de</strong> caçadafizeram por ano, as horas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> esforço. Assim,além <strong>do</strong> orgulho por melhorar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrita, afirmam, comoAntônio Barbosa <strong>de</strong> Melo (Roxo), que com os diários po<strong>de</strong>m “controlar ogiro da mata” – quanto está sain<strong>do</strong> e quanto está entran<strong>do</strong>.A ativida<strong>de</strong> com os monitores <strong>de</strong> caçada inclui agora diferentes ativida<strong>de</strong>s.A principal são os diários com ênfase quantitativa – associa<strong>do</strong>s a mapas daárea <strong>de</strong> caçada e da<strong>do</strong>s da população local. Há também as <strong>de</strong>scrições <strong>de</strong>“história natural”, acompanhadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos e poesias: trata-se <strong>de</strong> relatosobre o comportamento <strong>do</strong> animal observa<strong>do</strong> em seu contexto. Por fim,há as “histórias <strong>de</strong> caçada”, que <strong>de</strong>screvem com <strong>de</strong>talhes as estratégiasusadas pelos caça<strong>do</strong>res e pelos animais. Um exemplo <strong>de</strong> pequenas narrativas<strong>de</strong> “história natural” aplicada ao cairara (Cebus albifrons):“Eu vou contar a história <strong>de</strong> um ban<strong>do</strong> <strong>de</strong> quati com um ban<strong>do</strong> <strong>de</strong>cairara que foi a coisa que eu mais admirei. Eu não sabia que cairarabrincava com quati. Eu pensava que os bichos to<strong>do</strong>s fossem políticos umcom o outro, mas não. Tem bicho que tem união com outro, como oquati com o cairara. Porque eu já vi eles brincan<strong>do</strong> no chão como sefosse uma família. Só eu conto esta história <strong>de</strong> vista porque eu presteiatenção, isso aconteceu no dia 18 <strong>de</strong> janeiro <strong>do</strong> ano 2000.” (João EugênioAmorim, “João Gonzaga”)144Embora manten<strong>do</strong> o formato <strong>de</strong> diário, os da<strong>do</strong>s são transferi<strong>do</strong>s paratabelas. A ilustração abaixo contém apenas uma parte <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s quantitativos<strong>de</strong>ssas tabelas. Com o tempo, alguns monitores apren<strong>de</strong>ram a convertereles mesmos seus da<strong>do</strong>s em tabelas. Os da<strong>do</strong>s são utiliza<strong>do</strong>s em discussõesnos treinamentos, para totalizações e comparações. Está sen<strong>do</strong> prepara<strong>do</strong>um manual <strong>de</strong> monitoramento para animais caça<strong>do</strong>s, incluin<strong>do</strong> listase história natural <strong>de</strong>talhada para primatas e alguns outros grupos seleciona<strong>do</strong>s,elabora<strong>do</strong> por uma equipe composta por antropólogos, biólogos eseringueiros <strong>do</strong> projeto.

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