No que se refere à esperança <strong>de</strong> vida à nascença 43 , verificou-se entre 2004 e 2007 uma tendência <strong>de</strong> aumento,quer ao nível nacional, quer na Gran<strong>de</strong> Lisboa (on<strong>de</strong> se insere o Concelho <strong>de</strong> Oeiras), on<strong>de</strong> este indicador se situanos 78 anos. Ressalva-se, ainda, que o sexo feminino apresenta valores mais elevados que o sexo masculino(CMO, 2010: 55).Também ao nível da esperança média <strong>de</strong> vida aos 65 anos, se registou, entre 2004 e 2006, um aumento emPortugal e o sexo feminino apresentou os valores mais elevados, apesar dos níveis nacionais serem inferiores aoseuropeus, <strong>para</strong> ambos os sexos (CMO, 2010: 55).O número <strong>de</strong> médicos no Concelho era, em 2008, <strong>de</strong> 8,5 médicos por cada mil habitantes, enquanto que, emPortugal era <strong>de</strong> 3,7 por cada mil habitantes, e na Gran<strong>de</strong> Lisboa 6,4. No que concerne ao número <strong>de</strong> enfermeirosa média <strong>de</strong> Oeiras encontra-se abaixo da nacional e da Gran<strong>de</strong> Lisboa, mantendo-se equilibrada com estasunida<strong>de</strong>s geográficas no que se refere ao número <strong>de</strong> farmácia e postos <strong>de</strong> medicamentos por cada mil habitantes.Efectivamente, em Junho <strong>de</strong> 2009, localizavam-se no Concelho 44 farmácias, assegurando uma cobertura <strong>de</strong>3.572 habitantes por farmácia, cobertura bastante aceitável, <strong>de</strong> acordo com o estabelecimento da capitaçãomínima <strong>de</strong> 3.500 habitantes por farmácia 44 (CMO, 2010: 108).7.2 Elementos do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> OeirasEm Portugal, as últimas três décadas, foram sem margem <strong>para</strong> dúvida <strong>de</strong> significativos ganhos na área da saú<strong>de</strong>,no entanto, também se acentuaram os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> associados à pobreza e à exclusão social. Esteagravamento resultou, entre outro factores, do aumento das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, do envelhecimento dapopulação e do aumento crescente <strong>de</strong> imigrantes.Por conotação a uma maior falta <strong>de</strong> recursos e condições <strong>de</strong> vida mais difíceis, a pobreza e a exclusão socialestão também associadas a estilos <strong>de</strong> vida menos saudáveis e a um acesso mais difícil a cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> emedicamentos. Estes problemas relacionados com a saú<strong>de</strong>, por sua vez, ten<strong>de</strong>m a agravar situaçõessocioeconómicas <strong>de</strong> carência, acentuando, mais ainda, a pobreza e a exclusão social. O resultado <strong>de</strong> tudo isto éuma gravosa dimensão <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas populações mais pobres. Por outro lado, existem evidênciassignificativas, noutros países da União Europeia, que as abordagens <strong>de</strong> âmbito territorial po<strong>de</strong>rão resultar numimpacto significativo na redução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong> e na diminuição do peso das doenças associadas àpobreza e à exclusão social (DGS, 2004: 43).43 Não existem dados disponíveis <strong>para</strong> este indicador ao nível concelhio.44 Através da Portaria n.º 1430/ 2007 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Novembro.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 138
Partindo <strong>de</strong> tal premissa, o <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PNS), vigente entre 2004 e 2010, releva o papel que osmunicípios po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar na promoção da saú<strong>de</strong> das suas populações, bem como a sua natural vocação<strong>para</strong> mobilizar as energias e as vonta<strong>de</strong>s locais na construção <strong>de</strong> um ambiente urbano saudável e solidário. Comefeito, entre os parceiros externos ao sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os municípios <strong>de</strong>têm uma posição privilegiada, uma vezque são as entida<strong>de</strong>s que conhecem com maior profundida<strong>de</strong> as questões que afectam as comunida<strong>de</strong>s dosrespectivos territórios, bem como as inter-relações entre os representantes <strong>de</strong> outros sectores da administraçãocom profundas ligações à saú<strong>de</strong> (como a educação, o <strong>de</strong>sporto, o ambiente e o planeamento urbano) ou do sectorprivado, nomeadamente o empresarial, sendo certo que o “trabalho saudável” é uma das condições base <strong>para</strong>garantir “socieda<strong>de</strong>s saudáveis”. Como tal, as tendências dos últimos anos nesta área, conduziram a movimentoscomo o das “Cida<strong>de</strong>s Saudáveis”, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a saú<strong>de</strong> das pessoas que vivem nas cida<strong>de</strong>s é fortementecondicionada pelas suas condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> trabalho, pelo ambiente físico e socioeconómico e pela qualida<strong>de</strong>e acessibilida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (CMO, 2010: 154).A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, atenta a esta realida<strong>de</strong>, promoveu a elaboração, em colaboração com o InstitutoNacional <strong>de</strong> Administração (INA), do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, do qual nasceu o projecto“Caracterização dos padrões <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras”, composto por três relatórios –População Escolar, Utentes dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e População em Geral. Neste âmbito, foram aplicados, natotalida<strong>de</strong> 3.152 inquéritos por questionário, distribuídos da seguinte forma:PopulaçãoInquéritos aplicados% <strong>de</strong> Inquéritos aplicados amulheresEscolar 262 55,3Utentes dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 251 71,3Geral 2.639 52,4A síntese dos resultados mais relevantes em termos da análise <strong>de</strong> género, encontra-se nos quadros seguintes:Comportamentos SaudáveisComportamentos <strong>de</strong> RiscoPopulação EscolarAs raparigas encontram-se em melhor condição Existem mais raparigas acima do peso normal efísica do que os rapazes.obesas (8,6%) do que os rapazes (7,8%).Cerca <strong>de</strong> 80% das raparigas ingerem carne 1 a 2vezes por dia, 4,2% fá-lo mais <strong>de</strong> 5 vezes por dia e Prática <strong>de</strong> andar a pé e fazer <strong>de</strong>sporto ou activida<strong>de</strong>6,3% raramente consome carne (contra 1,7% dos <strong>de</strong>sportiva fora da escola insuficiente nas raparigas.rapazes).As raparigas referem consumir refrigerantes“nunca” ou só “ocasionalmente”.O consumo <strong>de</strong> água é feito <strong>de</strong> forma saudável porrapazes e raparigas do Concelho.No que concerne à toma <strong>de</strong> medicamentos, realçaseque 9,8% dos alunos que <strong>de</strong>clararam tomarmedicamentos pertenciam ao sexo feminino,tinham entre 17 e 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, e referiramtomar anticoncepcionais.Quando quantificamos o consumo <strong>de</strong> tabaco,verificamos que os rapazes, embora menosfumadores o fazem em maior quantida<strong>de</strong>.A maioria das raparigas utiliza mais o telemóvel <strong>para</strong>comunicar com os amigos, enquanto que os rapazespreferem o contacto pessoal e a Internet.Percentagem significativa <strong>de</strong> raparigas não toma opequeno-almoço em casa.Maior resistência das raparigas em observar esteindicador <strong>de</strong> vida saudável.Embora o consumo <strong>de</strong> tabaco seja pouco expressivono Concelho, são as raparigas (51,7%) que maisfumam.O consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas é feito, <strong>de</strong> igualmodo, por rapazes e raparigas, <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s mais velhas,ao fim <strong>de</strong> semana.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 139
- Page 2 and 3:
INTRODUÇÃO1. Porquê um Plano Mun
- Page 4 and 5:
PARTE IIIA situação da igualdade
- Page 6 and 7:
Aspirações e ExpectativasAnálise
- Page 8 and 9:
O conceito de Igualdade de Género
- Page 10 and 11:
Gender mainstreaming é a integraç
- Page 12 and 13:
Relativamente à avaliação da sit
- Page 14 and 15:
Desenvolver uma rede de serviços d
- Page 16 and 17:
― promoção do acesso à educaç
- Page 18 and 19:
- apoio à Família e à Comunidade
- Page 20 and 21:
METODOLOGIA1. Contextualização do
- Page 22 and 23:
Uma vez que os questionários foram
- Page 24 and 25:
“Uma empresa que integra a iguald
- Page 26 and 27:
O diagnóstico que seguidamente se
- Page 28 and 29:
° Em termos de tipo de vínculo, n
- Page 30 and 31:
No âmbito dos processos de recruta
- Page 32 and 33:
Não obstante o facto de se mantere
- Page 34 and 35:
AfirmaçõesMédiaRespostasSexo Fem
- Page 36 and 37:
Para efeitos de caracterização pr
- Page 38 and 39:
Respostas válidasRespostas nãová
- Page 40 and 41:
Também quando confrontados com a a
- Page 42 and 43:
3.6 (Des) igualdade no contexto do
- Page 44 and 45:
1) Na unidade orgânica que dirige
- Page 46 and 47:
a) Características masculinas1 2 3
- Page 48 and 49:
Frequência %%RespostasválidasRíg
- Page 50 and 51:
Respostas % Relativa % AbsolutaSubs
- Page 52 and 53:
3.8.3 ParticipaçãoEm termos de pa
- Page 54 and 55:
SexoTotalMasculino FemininoO Própr
- Page 56 and 57:
No que concerne à realização de
- Page 58 and 59:
SexoTotalMasculino FemininoO Própr
- Page 60 and 61:
No que concerne à tarefa de levar
- Page 62 and 63:
No que concerne à temática da par
- Page 64 and 65:
3.10. Vivências e percepções em
- Page 66 and 67:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Sexo Total S
- Page 68 and 69:
2.1 População residenteNo caso co
- Page 70 and 71:
Unidade GeográficaÍndices de depe
- Page 72 and 73:
Deste modo, podemos afirmar que, no
- Page 74 and 75:
Classe EtáriaTotalSolteiroLegalmen
- Page 76 and 77:
3. Educação e Emprego3.1 Educaç
- Page 78 and 79:
No ano lectivo de 2008/2009, estuda
- Page 80 and 81:
O presente ponto dedicado à temát
- Page 82 and 83:
3.2.2 Indicadores de emprego, taxas
- Page 84 and 85:
Apesar de não existirem dados actu
- Page 86 and 87:
O território de Oeiras caracteriza
- Page 88 and 89: Detalhe de Número de Pessoas ao Se
- Page 90 and 91: Oeiras segue a tendência nacional
- Page 92 and 93: 4. Protecção SocialSegundo estima
- Page 94 and 95: Cerca de 53% dos beneficiários do
- Page 96 and 97: 5. Conciliação entre a vida pesso
- Page 98 and 99: limpezas, passar a ferro, cozinhar,
- Page 100 and 101: Idade média ao primeirocasamento:
- Page 102 and 103: RespostaSocialTotal decriançasRede
- Page 104 and 105: Denote-se, ainda, que cerca de 4.80
- Page 106 and 107: A Unidade Residencial I, localizada
- Page 108 and 109: Em Resumo:Cientes da importância d
- Page 110 and 111: Por outro lado, na esfera doméstic
- Page 112 and 113: A qualidade do ar na região de Lis
- Page 114 and 115: A poluição do ar interior pode se
- Page 116 and 117: disponibilidade e qualidade (numa
- Page 118 and 119: 6.1.3 Energia e alterações climá
- Page 120 and 121: O sector dos Transportes apresenta
- Page 122 and 123: 6.1.4 Sistemas naturais e espaços
- Page 124 and 125: como também tem sido crescente o r
- Page 126 and 127: possível determinar se esta reduç
- Page 128 and 129: Não se conhecem estudos sobre even
- Page 130 and 131: OeirasSintraCascaisLisboaAmadoraLou
- Page 132 and 133: OrigemNenhumAutocarroEléctrico/ Me
- Page 134 and 135: consequências em termos de possibi
- Page 136 and 137: Unidade GeográficaVeículos autom
- Page 140 and 141: Comportamentos SaudáveisComportame
- Page 142 and 143: 8. Justiça8.1 CriminalidadeA taxa
- Page 144 and 145: Ano Transitados Instaurados Reabert
- Page 146 and 147: 9. Violência de género e violênc
- Page 148 and 149: (42%), enquanto que os homens menci
- Page 150 and 151: No Auto de Notícia/ Denúncia Padr
- Page 152 and 153: São, na sua maioria, casadas (47,6
- Page 154 and 155: 10. Grupos em situação de vulnera
- Page 156 and 157: cuidados à família e ao trabalho
- Page 158 and 159: deste estudo, foram efectuados 422
- Page 160 and 161: ou seja, família nuclear com filho
- Page 162 and 163: Tipo de Núcleo eEscalão Etário d
- Page 164 and 165: Instituição Utentes Lista deEsper
- Page 166 and 167: 10.4 População sem abrigo10.4.1 C
- Page 168 and 169: Em Resumo:A pobreza da mulher encon
- Page 170 and 171: Fonte: CMO, 2007: 51.Quadro 133. H
- Page 172 and 173: egular e abordagem continuada e imp
- Page 174 and 175: desportivo da CMO. Desta forma, e u
- Page 176 and 177: 12. Cidadania12.1. Governância e p
- Page 178 and 179: oooO primeiro dos quais referente
- Page 180 and 181: 12.3 Participação Cívica e Assoc
- Page 182 and 183: Participação nos órgãos sociais
- Page 184 and 185: PARTE IIIA situação da igualdade
- Page 186 and 187: qualificação dos munícipes por c
- Page 188 and 189:
Seguidamente, e questionados se, no
- Page 190 and 191:
Questionados sobre se o Organismo a
- Page 192 and 193:
No âmbito dos processos de promoç
- Page 194 and 195:
Frequência %% RespostasválidasRes
- Page 196 and 197:
Foram apuradas as seguintes formas
- Page 198 and 199:
Em resumo:Na perspectiva dos agente
- Page 200 and 201:
Considera-se que as áreas de inter
- Page 202 and 203:
Incentivar amaiorparticipação dop
- Page 204 and 205:
4.1.1 CRONOGRAMA2011Medida Jan Fev
- Page 206 and 207:
4.2. Vertente ExternaApós ser deli
- Page 208 and 209:
444564.1. Manual deProcedimentos/Pr
- Page 210 and 211:
4.2.1 CronogramaAcções/ Projectos
- Page 212 and 213:
oooAvaliação de desempenho- incid
- Page 214 and 215:
5.2.2. Monitorização do PlanoCons
- Page 216 and 217:
BIBLIOGRAFIAASSOCIAÇÃO PORTUGUESA
- Page 218 and 219:
GIANNELLI, Gianna C., et all., 2010
- Page 220 and 221:
MALHEIROS, Jorge e Padilla, Beatriz
- Page 222 and 223:
SANTOS, Maria de Lourdes Lima, Coor
- Page 224 and 225:
6. Na formação certificada é int
- Page 226 and 227:
14. Na marcação dos horários por
- Page 228 and 229:
18. A Entidade incentiva os homens
- Page 230 and 231:
Anexo 2[QUESTIONÁRIO DIRIGENTES DO
- Page 232 and 233:
9. Identifique as principais caract
- Page 234 and 235:
15. Na unidade orgânica que dirige
- Page 236 and 237:
Muitas mulheres adiam a maternidade
- Page 238 and 239:
23. Posicione-se perante a evoluç
- Page 240 and 241:
25. Indique com que frequência cos
- Page 242 and 243:
Anexo 3[QUESTIONÁRIO COLABORADORES
- Page 244 and 245:
PARTE II. USO DO TEMPO NA ESFERA LA
- Page 246 and 247:
PARTE III - USO DO TEMPO NA ESFERA
- Page 248 and 249:
18. Alguma vez foi alvo das seguint
- Page 250 and 251:
19. Posicione-se perante as seguint
- Page 252 and 253:
1.3 Identifique as principais carac
- Page 254 and 255:
PARTE IISITUAÇÃO DA IGUALDADE DE
- Page 256 and 257:
11. As pessoas que trabalham na org
- Page 258 and 259:
19. A Entidade incentiva os homens
- Page 260 and 261:
Anexo 5[RESUMO DO DIAGNÓSTICO COND
- Page 262 and 263:
Potencialidades(Contexto Externo ao
- Page 264 and 265:
Indice de Quadros1 Beneficios do ma
- Page 266 and 267:
65 Núcleos Familiares Monoparentai
- Page 268 and 269:
125 Resumo da caracterização da p