Plano Municipal para a Igualdade de Género - Câmara Municipal ...
Plano Municipal para a Igualdade de Género - Câmara Municipal ...
Plano Municipal para a Igualdade de Género - Câmara Municipal ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Em Resumo:A pobreza da mulher encontra-se, <strong>de</strong> acordo com a Plataforma <strong>de</strong> Acção e a Declaração <strong>de</strong> Pequim,directamente relacionada com a ausência <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e autonomia económica, com a falta <strong>de</strong> acessoà educação, serviços <strong>de</strong> apoio e recursos económicos e com a sua participação mínima no processo <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão. Por outro lado, estimado o risco <strong>de</strong> pobreza <strong>para</strong> a população resi<strong>de</strong>nte (com base em dados <strong>de</strong>2008), constata-se que este é <strong>de</strong> 17,9%. Desagregando esta taxa por sexo, esta é <strong>de</strong> 18,4% nas mulherese <strong>de</strong> 17,3%, nos homens. Salienta-se, ainda, que alguns grupos <strong>de</strong> mulheres são mais vulneráveis do queoutras. Falamos <strong>de</strong> beneficiárias <strong>de</strong> apoios sociais e grupos <strong>de</strong> mulheres em situação <strong>de</strong> potencialvulnerabilida<strong>de</strong>, ou seja, as migrantes, as portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e as progenitoras <strong>de</strong> famíliasmonoparentais, ou em condição <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> extrema, como as mulheres sem-abrigo. No Concelho <strong>de</strong>Oeiras, <strong>de</strong> acordo com o recenseamento <strong>de</strong> 2001, residiam 7.334 estrangeiros, <strong>de</strong>stes 49% erammulheres. Partido do estudo <strong>de</strong> diagnóstico e caracterização da população imigrante efectuado noConcelho <strong>de</strong> Oeiras, e analisando a relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> tendo por base o país <strong>de</strong> proveniência,verificamos que no caso dos provenientes do Brasil esta é <strong>de</strong> 27% e no que concerne aos angolanos <strong>de</strong>51%. Constata-se, ainda, uma proporção superior <strong>de</strong> mulheres com a situação regularizada. Emboraambos os sexos elejam preferencialmente imigrantes da mesma nacionalida<strong>de</strong> como amigos, observa-seque a re<strong>de</strong> social dos homens é mais alargada, sendo mencionados amigos portugueses do trabalho ou <strong>de</strong>outros locais e <strong>de</strong> imigrantes vizinhos <strong>de</strong> outras nacionalida<strong>de</strong>s. E, no caso das mulheres, ten<strong>de</strong>m aprivilegiar os contextos familiares e <strong>de</strong> vizinhança. Verifica-se uma percentagem superior <strong>de</strong> mulheres asentir-se discriminada por motivos étnico-raciais em território nacional. Estas sentem-se maisdiscriminadas, nos transportes públicos, em entrevistas <strong>para</strong> emprego, em supermercados e noarrendamento <strong>de</strong> imóveis. São os homens que apreciam <strong>de</strong> forma mais positiva e neutra os conteúdos daspeças <strong>de</strong> comunicação social sobre imigrantes. Embora uma percentagem significativa <strong>de</strong> mulheres façauma avaliação neutra, estas ten<strong>de</strong>m a manifestar uma opinião mais <strong>de</strong>preciativa do que os homens a esterespeito. Em 2001, residiam no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 10.309 indivíduos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência,representando 6,4% da população resi<strong>de</strong>nte. Destes, 49,8% pertencem ao sexo feminino. A relação <strong>de</strong>feminilida<strong>de</strong> é significativamente relevante nos indivíduos com <strong>de</strong>ficiência sem grau atribuído. No que serefere ao tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, nas mulheres predomina a visual e outro tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, enquanto que noshomens é manifestamente superior a <strong>de</strong>ficiência mental. Embora o fenómeno dos sem-abrigo sejapredominantemente masculino, estudos realizados <strong>de</strong>monstram que, apesar do número <strong>de</strong> mulheres nestasituação não ser muito representativo, ele tem vindo a aumentar nas últimas décadas.Em Setembro <strong>de</strong> 2009, foram sinalizados em Oeiras 39 indivíduos que se encontravam em situação <strong>de</strong>sem abrigo, dos quais 36 eram homens e 3 eram mulheres, e um número in<strong>de</strong>finido <strong>de</strong> pessoas a morarem alojamentos precários e/ou temporários. As problemáticas mais representadas encontram-se,sobretudo, relacionadas com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> física, problemas psiquiátricos e, em alguns casos,consumos regulares <strong>de</strong> álcool.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 168