Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

Os três sentados ao redor de uma fogueira, acertavam os
últimos detalhes da busca aos demais companheiros. Etiènne,
a despeito da incredulidade dos amigos quando mencionara
pela primeira vez sobre a Vangilla, resolveu contar aos dois
amigos, desta vez com todos os detalhes de que era capaz de
lembrar-se, sobre o que lhe acontecera na gruta, e sobre
Sindazel. Ouviram a tudo com muita paciência e ficaram
maravilhados com a história. De vez em quando se
entreolhavam, como que buscando apoio um no outro para
acreditar naquela fantasia toda. Peter, mais cético que Grassac
quanto ao que Etiènne narrava, questionava vários detalhes.
Etiènne foi explicando tudo pacientemente, mas por fim
exibiu aos amigos o cordão que Sindazel lhe dera. O brilho do
estranho material emudeceu os companheiros de Etiènne.
— Eu nunca vi nada igual a isso! — comentou surpreso,
Peter, olhando em seguida para Grassac.
— Posso pegar? Indagou Grassac.
— Claro, mas não irei tirar do pescoço. Ajoelhou-se
próximo ao amigo, colocando o cordão ao alcance das mãos de
Grassac.
Peter, também, louco de curiosidade, esticou o braço e
segurou o cordão, admirando-o.
Os dois ficaram com os olhos arregalados, ainda
incrédulos de que tudo o que ouviram pudesse ser verdade.
— Agora chega! Acreditam em mim?
Os dois se entreolharam e assentiram com a cabeça.
— Mas Etiènne, você tem que concordar que é uma
história absurda e impossível de acreditar! — Comentou
Grassac.— Por Deus! Terei ingerido a mesma erva
alucinógena que você? Mas creio em sua história, amigo.
— Sim, eu sei! É difícil acreditar, mas é a mais pura
verdade e será nossa salvação. Agora temos realmente uma
nova terra para buscar e viver! — Etiènne falava com fervor e
com um intenso brilho nos olhos. E sempre pensava em rever
Sindazel, em seus desejos mais secretos.
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