Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

conseguiria chegar da Vangilla por seus próprios meios,
podia-se observar a beleza e a vastidão daquele magnífico
lugar.
Para cada ponto que Etiènne olhasse, via uma beleza
distinta. Para o norte, podia acompanhar até perder de vista as
encostas das Montanhas Negras. Para o oeste, e noroeste,
podia ver um mar de florestas, e também a Planície de Prata,
que há pouco mais de um ano havia atravessado com seu
irmão e seus amigos de Amiens. Teve saudade de Michel, e
lembrou com amargura de Leon, pensando como estaria
passando seu antigo protetor e o grupo de pessoas que
resolvera ficar com ele.
Olhou então para o lado leste, e percebeu que o leste era
um enorme planalto, com uma extensa floresta aos pés das
Montanhas Negras, que se precipitava por uma planície mais
baixa. Conseguiu identificar outra cadeia de montanhas ao
longe, encerrando a planície.
Para o nordeste, até onde sua vista podia alcançar,
haviam apenas montanhas e mais montanhas.
Por mais privilegiada que fosse sua posição, as
limitações de sua visão não permitiam que ele pudesse
conhecer muitas maravilhas que existiam nas mais extremas
regiões de Virgo. Não era possível distinguir no meio daquele
mundo de montanhas o Vale da Neblina; não podia ver no
coração das florestas a oeste, o Mar Caudaloso e a encantadora
Ilha Kirbuz, habitada pelos temidos vutuks; não podia ver, a
Região Vulcânica bem ao norte; não podia identificar a
Floresta das Sombras, nem mesmo o tenebroso Lago Negro, às
margens da Floresta Preciosa. Não pôde ver os fascinantes
reinos élficos, com suas riquezas e suntuosas construções
dentro das florestas. Um dia, Etiènne conheceria tudo isso.
Após tentar fazer um reconhecimento de Virgo, Etiènne
ergueu o rosto, e viu mais perto do que nunca, aquele
maravilhoso céu de cristais rosados, e daquela distância, tão
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