Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

diferentes na aparência, exceto talvez pelo número de
variantes a respeito da tonalidade da cor de pele e cabelos que
percebi durante o Colóquio de Plarionthil e aqui em meu
próprio reino, em outros de vossa raça. Nós, elfos, temos um
padrão físico notável, como já pudestes constatar andando
entre nosso povo. Somos uma raça longeva, superada apenas
pelos vangis. Mas vocês, homens, não duram uma primavera
élfica para presenciar o amadurecimento dos séculos. Como
pode uma raça possuir uma existência tão ínfima, tão
desprezível, tão efêmera? — Etiènne ouvia com atenção sua
interlocutora. — Sabe, meu jovem homem, tenho meditado
sobre esta questão e posso assegurar-lhe que não consigo, em
minha sabedoria, encontrar respostas para este enigma!
Aurien se aproximou de Etiènne, andou vagarosamente
observando-o, fazendo um círculo em torno de seu hóspede,
procurando analisá-lo de todos os ângulos. Era bela, e ao
mesmo tempo intrigante para aquela nobre elfa, a presença
daquele homem em seu reino, uma criatura de outra raça, uma
nova raça que até bem pouco tempo atrás, não havia
aparecido em seu mundo, não havia se mostrado na Thalide.
Após uma volta completa ao redor de Etiènne, a rainha
elfa parou em sua frente, olhando-o profundamente dentro
dos olhos. Etiènne ficou corado só de pensar na beleza divina
daquela elfa diante de seus olhos. Sem demonstrar qualquer
sinal de incômodo com a mudança na cor do rosto de Etiènne,
que passou do seu tom natural para o carmesim, Aurien
continuou falando de perto, na face de Etiènne. Este podia
sentir o hálito refrescante de Aurien, e admirar ainda mais
maravilhado, aquela feição perfeita, que mais parecia ter sido
produzida pelas próprias mãos de Deus.
— Contudo, apesar de vocês, seres humanos, possuírem
uma miserável existência individual, estão destinados,
segundo a profecia do Dragão Dourado, talhada na pedra
Klaopala, a dominar o mundo, a suplantar todas as raças
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