Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

em direção à concentração de gojos sobreviventes, no centro
da floresta. Cerca de trezentos e cinqüenta dragões formavam
aquela coorte deslocando no céu uma assustadora nuvem de
criaturas aladas.
Ao chegarem a seu destino, à concentração de gojos no
centro da Floresta das Águas, fizeram um gigantesco círculo,
mantendo-se afastados uns dos outros por cerca de trinta
metros. Além dos que faziam parte do enorme círculo, outros
ainda pairavam sobre os gojos com incessantes vôos rasantes,
deixando a todos desesperados.
Alguns tentaram, em vão, furar o cerco, mas eram
desintegrados à medida que apareciam entre as árvores. Nem
mesmo chegavam perto dos Laithans.
O rei dos dragões brancos pousou acompanhado de
outros dois dragões, bem no centro da tribo improvisada, e
falando na língua rústica dos gojos, deixou bem clara suas
intenções. Lembrou-lhes quem eram seus antigos rivais
durante a Era Trevas, que eram os Darkhos (dragões negros).
Ainda lhes falou sobre a dor de ver todos os ovos de Laithans
destruídos, o que os colocava vulneráveis contra todos os seus
inimigos, pois agora passavam a ser uma raça em extinção.
Os gojos ouviam apreensivos e aterrorizados, esperando
pelo pior. O rei dos Laithan afirmou que se quisesse, com um
único comando, poderia aniquilar toda a tribo de gojos de
uma só vez, para todo o sempre. Mas sabia que haviam muitos
gojos errantes espalhados em Virgo, e por mais que quisesse,
não conseguiria erradicá-los totalmente do mundo.
O rei dos Laithans ainda falou muitas outras coisas, mas
ao final do discurso, colocou, com clareza, o que esperava dos
gojos. O silêncio dos gojos sobre a destruição dos ovos no
covil dos Laithans sob às Colinas Íngremes. Com isso teriam
uma trégua eterna, assim prometeu o rei dos dragões brancos.
Aos olhos dos gojos, aquela proposta parecia ótima, nem
estavam acreditando, porque certamente não sobreviveriam
ao cerco dos dragões naquelas condições em que foram
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