Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

semelhantes a seu novo amigo Etiènne poderiam colocar um
fim na soberania dos elfos.
As minas de ouro esgotadas, a raça dos homens citada
na profecia, enfim caminhava sobre Azur, os orcs presentes e
numerosos como há muitos séculos não se presenciava. Tudo
isso certamente deveria significar alguma coisa nova no ar, e
Bakhin, pensava em como tirar proveito desses
acontecimentos para beneficiar Bakkin, seu reino.
A presença cada vez mais numerosa de orcs vagando
pela Floresta Dourada, poderia ser uma boa desculpa para que
Bakhin reivindicasse mais uma vez a soberania daquele
território. Os elfos negros, que habitavam o sul daquela
região, não estavam mais sendo capazes de manter o local
seguro, e fechavam-se cada vez mais em suas obscuras
moradias, ao passo que Plarionthil, por sua vez, há muitos
anos não enviava seus observadores para o lado leste das
Montanhas Negras.
Não obstante a tudo isso, Bakhin temia por novos
tempos de guerra, e sua amizade e gratidão por Etiènne
haviam amolecido seu coração nos últimos dois anos.
Desejava continuar ensinando a seu novo amigo, tudo o que
pudesse sobre as maravilhas e os perigos de Azur, e pretendia
manter a ajuda que vinha oferecendo a seu irmão para ampliar
a cidade de Nouvelle Lyon.
Bakhin sabia que uma nova guerra declarada aos elfos
traria instabilidade a Azur, deixando todos os povos ainda
mais vulneráveis aos orcs, que provavelmente aguardavam
encontrar o primeiro sinal de fraqueza das raças superiores
para investirem impiedosamente, como fizeram os orcs
Zaraidai, durante a Guerra da Agonia. O pequeno rei
permanecia pensando em todas essas coisas enquanto
continuava girando o Thallon em suas pequeninas, mas
robustas, mãos de anão. Talvez, nunca em toda a sua longa
vida, tivesse se sentido inundado com tantas dúvidas como
estava naquele momento.
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