Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

O pequeno grupo de anões se apresentou diante de
Bakhin, que dispensou as formalidades e pediu de forma rude
para que fossem breves com a mensagem, pois estava muito
ocupado com os preparativos da Ukar Nogai.
— Tememos que vossa majestade não possa realizar as
festividades desta estação — asseverou um dos arautos.
— Eu sou o rei, e em meu reino, decido o que deve e o
que não deve acontecer — retrucou Bakhin, imediatamente.
— Então, nosso temor é ainda maior, pois é bem capaz
de que venha a reinar sobre mortos, se não der atenção às
súplicas de vosso primo Guthin, que com muito pesar, enviará
seu exército para combater ao lado dos elfos.
— Meu primo é muito sentimental, e se deixa envolver
demais por essas criaturas traiçoeiras que são os elfos! —
reclamou Bakhin, mostrando-se extremamente irritado. Alisou
a barba encarando os arautos de Guttin, e depois continuou
com firmeza, apontando-lhes um dedo acusador: — Vocês, de
Guttin, e aqueles elfos doentios, estão sendo precipitados,
usando argumentos pouco ilibados para promover uma
guerra aberta contra os orcs!
— Então, rei de Bakkin, permita-nos proferir a
mensagem do soberano rei de Guttin. Não insistiremos em
nada mais. Partiremos em seguida!
— Estou escutando! — afirmou Bakhin.
O anão que discutia com o rei Bakhin então, deu um
passo atrás, e com um gesto de sua mão indicou para que
outro anão mais jovem, se adiantasse e proferisse a mensagem
do rei Guthin.
— Nobre rei de Bakkin, soberano da Montanha das
Garbas, é com imensa tristeza que envio esta mensagem, para
confirmar as suspeitas do povo elfo sobre a crescente ameaça
de uma guerra contra os orcs. — Bakhin fitava o jovem arauto,
escutando-o com pouca atenção; na verdade, ansiando que
aquela ladainha terminasse com brevidade. O jovem, muito
sério e sem tirar os olhos do rei, continuava com a mensagem:
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