Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

E
CAPÍTULO XXIII
Cicatrizando feridas
tiènne estava deitado em uma cama macia, coberta por
belíssimos lençóis que pareciam ter sido confeccionados a
partir de alguma espécie de cetim, muito cintilante, porém
mais fino e macio. Acordou com o corpo muito dolorido. Ao
abrir os olhos, percebeu que estava em algum lugar
desconhecido, ou ao menos, que não se lembrava de algum
dia ter estado naquele ambiente. Olhou ao seu redor tentando
identificar onde poderia estar, checando cada objeto que
estava ali presente. O quarto era amplo e pouco mobiliado.
Além de uma cômoda e uma suntuosa cadeira em um dos
cantos, havia uma pequena mesa redonda ao lado de sua
cama, com um jarro de prata e uma caneca igualmente
luxuosa, com várias pedras preciosas incrustadas. Olhou para
o teto, e percebeu que era ricamente decorado, com uma
espécie de folhagem artificial, de um brilho magnífico, que
dava vida ao ambiente, trazendo uma agradável e
reconfortante sensação.
Com algum esforço, recostou-se na cabeceira da cama e
notou as bandagens que lhe faziam voltas sobre o peito.
Esticou o braço e pegou o jarro, levando-o até o rosto para
sentir o cheiro do que havia dentro, na tentativa de identificar
o seu conteúdo. Um odor suave anunciava que seu líquido
parecia ser alguma espécie de bálsamo refrescante. Derramou
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