Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

verdade, aquela pilastra era uma passagem para outro amplo
aposento, e nele, ao contrário da rústica mas rica mobília que
havia no cômodo anterior, aquele era pouco ornamentado,
cheio de vegetação desconhecida. Etiènne estava espantado,
mas ao mesmo tempo, ainda mais curioso em descobrir o que
se tratava aquilo tudo e o mistério que o anão estava fazendo.
Bakhin entrou logo atrás de Etiènne.
— Agora, irei lhe dar o primeiro presente desta noite!
Etiènne não cansava de sorrir, mas agora, já
demonstrava certa ansiedade. Notou que Bakhin puxou uma
pequena arca de dentro de uma gruta que estava coberta por
uma estranha folhagem, e ao abrir a arca, ficou admirado ao
ver o forte brilho que saíra de dentro dela.
O anão retirou de dentro da arca um reluzente escudo
em forma de V, com umas inscrições indecifráveis. Estendeu
seus curtos e troncudos braços em direção a Etiènne, lhe
entregando a bela peça de guerra. Logo em seguida, tornou a
mergulhar os braços dentro da arca, e retirou um magnífico
elmo prateado, com os detalhes muito semelhantes ao que
tinha conhecido em Sombrorn.
— Este elmo e este escudo que está segurando agora
foram recuperados no Vale da Neblina, onde Limanoh, o
antigo rei de Sombrorn, tombou diante dos Zaraidai após uma
semana de resistência, diante da Pedra Klaopala, durante a
Guerra da Agonia.
Etiènne ficou assombrado com a possibilidade de que o
próprio Bakhin, pudesse ter tirado a vida do elfo de Sombrorn.
— Não precisa me olhar desta maneira. Não fui eu que
tirei a vida de Limanoh. Como estou afirmando, ele pereceu
diante das hostes dos orcs Zaraidai. — O anão fitou Etiènne,
alisou a barba e refletiu por um momento se estava tomando a
decisão certa, mas, afinal de contas, por que ele deveria
guardar aquelas coisas?
— Você deve estar se perguntando por que, eu estou lhe
presenteando com essas peças. Sabe, eu sou um velho anão, e
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