Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

agora, estavam trajando armaduras belíssimas, que nem
mesmo em Paris havia testemunhado algo tão magnífico.
Um escudeiro adiantou-se com um rolo de pergaminho,
ajoelhou-se diante de Martin, baixou a cabeça e estendeu o
braço, indicando que o pergaminho era destinado a ele.
Martin, hesitou em pegar o pergaminho, mas ao
procurar os olhos de Alain, este levantou as sobrancelhas e em
seguida assentiu com a cabeça, animando-o para que o
pergaminho fosse aceito. Martin estava confuso, mas sentiu-se
seguro ao ver Alain ao seu lado, e então pegou o pergaminho
das mãos do escudeiro, que imediatamente fez uma mesura e
pediu licença, retornando em seguida para perto de seu grupo.
Os segundos pareciam durar uma eternidade, e o
pergaminho parecia ter um peso insuportável para Martin,
que o agarrava com força entre seus dedos. Os homens de
Nouvelle Amiens não arredaram pé do lugar onde estavam, e
pareciam esperar que Martin lesse a mensagem a ele
destinada.
Intimamente, Martin chegou a pensar em ordenar que
seus soldados investissem contra aqueles homens, que não
passavam de traidores de sua cidade, mas isso não fora o
planejado; então, visivelmente nervoso, puxou a fita que
prendia o pergaminho e o desenrolou.
Ao desenrolar o pergaminho, percebeu que havia um
medalhão em seu interior, que rolou pelo papiro e quase foi ao
chão, mas foi seguro agilmente por Martin. Ao ver o
medalhão, sentiu um frêmito percorrer-lhe pelo dorso.
Reconhecera imediatamente aquele objeto, e o apertou entre
os dedos.
Leu atenciosamente cada palavra escrita, e conforme
avançava na leitura, surpreendia-se ainda mais com seu
conteúdo. Por fim, enrolou novamente o pergaminho e foi
tomado por um turbilhão de dúvidas. Naquele momento,
Martin fora invadido por uma sensação de completo
isolamento do mundo, onde apenas ele e sua angústia
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