Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

— Claro, serei eternamente grato a todas as rainhas
élficas deste lugar, mas por Jesus Cristo, onde está Sindazel?
— insistiu Etiènne.
— Lamento, mas não será possível encontrá-la neste
momento. Ela foi obrigada a voltar para sua cidade.
Granuzael, seu pai, veio pessoalmente buscá-la.
Etiènne ficou profundamente abatido com esta última
informação. Deixou-se cair recostado, mais uma vez, na cama.
A elfa compadeceu-se dele ao ver o olhar triste que o
dominara. Passando a mão delicadamente em seu rosto,
advertiu-o mais uma vez para que se alimentasse e procurasse
se recuperar logo, para poder encontrar a rainha.
Ao se levantar, tomou a jarra para si e notou que Etiènne
havia bebido a infusão de ervas élficas que havia preparado
para ele, e disse que faria mais. Ao dirigir-se para a porta,
Etiènne a chamou.
— Espere, por favor! Quero agradecer-lhe por tudo o
que tem feito por mim. Se algum dia eu puder ajudar você ou
a qualquer elfo de Sombrorn como compensação pela
dedicação e hospitalidade que me ofereceram, eu o farei sem
reservas! — a elfa deu um sorriso maravilhoso, dominada de
satisfação e exibindo seus reluzentes dentes brancos. — Qual o
seu nome? — perguntou Etiènne.
— Sou conhecida por Arthea, a principal curandeira da
rainha Aurien, às suas ordens. E você, já sabemos que chamase
Etiènne, de quem ouvimos muito falar antes mesmo de
vossa chegada a nosso reino. — Então, ainda com seu belo
sorriso estampado no rosto, a elfa deixou o aposento.
— Arthea, Arthea — repetiu, encantado, Etiènne.
Ao final do entardecer, quando Arthea regressou ao
aposento onde Etiènne estava repousando, foi dominada de
medo ao constatar que ele não estava na cama. Olhou
312