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Virgo - A Era dos Homens - Roberto Laaf

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seu ventre, e a mulher, que na verdade era a mãe da menina<br />

ferida, acreditava que havia perdido sua filha.<br />

O alarde também chamou a atenção <strong>dos</strong> anões, e desta<br />

vez, vários deles vierem correndo também ao local do novo<br />

tumulto. Faziam uma enorme barulheira, gesticulando muito e<br />

conversando numa linguagem rude. Dois deles agacharam-se<br />

perto da mulher, que aos prantos, se abraçou ao corpo da<br />

filha, tentando protegê-la daquelas criaturas bizarras.<br />

O anão que anteriormente havia chegado mais perto de<br />

Michel, em tom conciliador, ainda que com sua tenebrosa voz<br />

gutural, falou à mulher — Minha senhora, não tenha medo,<br />

esses bravos guerreiros são exímios doutores na arte da cura.<br />

Se houver algo que possa ser feito, eles farão!<br />

O francês pronunciado pelo anão era muito precário,<br />

mas ainda assim, podia-se entender o que ele queria dizer. A<br />

mulher, muito aflita, em inconsolável desespero, não se<br />

desgrudava de forma alguma de sua filha.<br />

Grassac, chegou próximo à mulher, abraçou-a e tentou<br />

convencê-la a soltar sua filha, a fim de que os anões pudessem<br />

socorrê-la. Estes, alheios ao desespero da mulher, limitavamse<br />

a preparar um estranho líquido numa pequena gamela, com<br />

uma espécie de raiz que ralavam apressadamente sobre o<br />

preparado.<br />

Michel, sempre ranzinza e desconfiado de tudo,<br />

reclamou do fedor daquela raiz ralada. Depois que se<br />

distanciou definitivamente de Leon, Michel havia se tornado<br />

visivelmente mais irritado e menos tolerante com tudo do que<br />

já sempre fora outrora.<br />

— Meu Deus! Espero que isso não seja para beber,<br />

certamente matará a pobre criança! — comentou Michel,<br />

fazendo uma cara de nojo para os dois anões que<br />

concentravam-se no estranho preparado. Na verdade, era um<br />

ungüento à base de raízes medicinais muito gordurosas, que<br />

os anões cultivavam no interior de suas cavernas.<br />

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