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Prosa - Academia Brasileira de Letras

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Poesia brasileira no século XX<br />

O título acima se refere só à poesia. Mas foi também o século dos já citados<br />

Eucli<strong>de</strong>s e Machado <strong>de</strong> Assis, e <strong>de</strong> Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Jorge<br />

Amado, Clarice Lispector, Érico Veríssimo, José Lins do Rego, Josué Montello,<br />

Rachel <strong>de</strong> Queiroz, Lygia Fagun<strong>de</strong>s Telles, Anna Maria Martins, Nélida<br />

Piñon, Antonio Calado, Dalton Trevisan, Raduan Nassar, Ricardo Ramos,<br />

Caio Porfírio Carneiro, Ignácio <strong>de</strong> Loyola Brandão. Interrompo a lista: não estou<br />

catalogando nem emitindo juízo ao incluir ou excluir. Dou alguns exemplos<br />

significativos, só.<br />

Também no século XX nasce um teatro legitimamente brasileiro, e nele<br />

avultam nomes como Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna e Osman Lins, entre<br />

muitos outros teatrólogos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> mérito. Nasce com Lobato uma literatura<br />

que po<strong>de</strong> até mesmo prescindir <strong>de</strong> adjetivação “infanto-juvenil” por ser, e<br />

é o que importa, literatura, priorizando certo público, mas à altura <strong>de</strong> valer<br />

substantivamente. Como se vê em Ana Maria Machado, Ziraldo, Ruth Rocha<br />

e Marina Colasanti, por exemplo.<br />

Ganha status literário um gênero muito brasileiro que vinha já do século anterior:<br />

a crônica, em que os nomes <strong>de</strong> Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo<br />

Men<strong>de</strong>s Campos (poeta admirável também) e Luís Fernando Veríssimo, entre<br />

numerosos outros, como os também poetas Drummond e Affonso Romano,<br />

mantêm viva a chama a que os velhos clássicos do ramo, como Machado <strong>de</strong><br />

Assis e João do Rio, haviam dado calor e luz.<br />

Há uma coorte <strong>de</strong> historiadores, sociólogos, etnólogos. Uma historiografia<br />

e ensaística literária, <strong>de</strong> Alceu Amoroso Lima, Álvaro Lins, Antonio Candido,<br />

Eugênio Gomes, Afrânio Coutinho, Augusto Meyer, Wilson Martins, Benedito<br />

Nunes, Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda, Sérgio Milliet, Fabio Lucas, entre<br />

outros, mais os brasilianistas Carpeaux, Paulo Rónai e Stefan Baciú, para mencionarmos<br />

apenas uns poucos.<br />

Havia mídia cultural! Não só as revistas <strong>de</strong> fôlego curto, que lutam, ainda<br />

hoje, para sobreviver. Os chamados gran<strong>de</strong>s jornais das capitais do país inteiro,<br />

quase, publicavam suplementos on<strong>de</strong> críticos orientavam, opinavam, novos talentos<br />

até conseguiam um lugarzinho ao sol. Um capítulo à parte caberia ao flo-<br />

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