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Prosa - Academia Brasileira de Letras

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Arthur Virgílio<br />

<strong>de</strong>ste das regiões mais <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>ste País”. “Como imaginarmos construir<br />

uma socieda<strong>de</strong> próspera, feliz, estável, alicerçada na ignorância?”, indagou,<br />

como presi<strong>de</strong>nte do Congresso, ao encerrar, em 1979, um simpósio sobre<br />

o Nor<strong>de</strong>ste. Em outra oportunida<strong>de</strong>, assinalou: “É um erro grave pensar que<br />

<strong>de</strong>vemos primeiro enriquecer para <strong>de</strong>pois nos educar. Não, nós temos que primeiro<br />

nos educar para <strong>de</strong>pois, talvez, nos enriquecer.” Nada mais atual!<br />

Como governador, criou, em 1969, a Universida<strong>de</strong> do Sul do Estado, implantou<br />

o Sistema Estadual <strong>de</strong> Bibliotecas Públicas (hoje, existem quase 300<br />

bibliotecas). As matrículas, no ensino fundamental, passaram <strong>de</strong> 266 mil para<br />

416 mil alunos; no secundário, <strong>de</strong> 50 mil para 125 mil. Foram construídas<br />

cerca <strong>de</strong> 3 mil salas <strong>de</strong> aula para o ensino fundamental e 300 para o secundário.<br />

Por último, algumas palavras sobre um i<strong>de</strong>al político – meu também – que<br />

Luís Viana Filho não conseguiu ver realizado, salvo em forma emergencial,<br />

quase caricata, como solução para uma crise política: o Parlamentarismo. Da<br />

tribuna do Senado, proclamou:<br />

“[...] Implantem o Parlamentarismo e não custará, tal como ocorreu sob a<br />

Monarquia, <strong>de</strong>senvolverem-se e firmarem-se os partidos, à cuja sombra se<br />

formarão os homens <strong>de</strong> Estado, representantes das suas idéias e dos seus<br />

correligionários.”<br />

Disse também:<br />

“[...] A verda<strong>de</strong> é que no clima do Presi<strong>de</strong>ncialismo não se torna possível o<br />

sistema em que a diferenciação entre o Executivo e o Legislativo seja assinalada<br />

pela colaboração. No Presi<strong>de</strong>ncialismo, o que realmente existe é a separação<br />

dos Po<strong>de</strong>res com a anulação do Legislativo.”<br />

Palavras sábias. E muito atuais, principalmente quando o Executivo edita<br />

tantas medidas provisórias que, trancando as pautas, praticamente impe<strong>de</strong>m<br />

que o Congresso Nacional vote suas próprias proposições.<br />

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