universidade fumec valéria christina parreiras costa bouzada
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Variáveis citadas pela autora:<br />
A – Os Saberes: Sem a pretensão de fazer uma revisão dessa tipologia, Charlier (2001), cita dois<br />
tipos de saberes diferenciados:<br />
Saberes do professor: construídos pelo próprio professor, ou o que o professor julga serem<br />
apropriados; saberes transformados e construídos a partir de sua prática ou de experiências<br />
vividas no âmbito escolar. Esse conjunto de representações e de teorias pessoais serviria de<br />
fundamento para avaliar a pertinência de saberes provenientes de outras fontes.<br />
Saberes para o professor: são elaborados por outras instâncias, em contextos distintos daquele<br />
do professor, que deveriam sofrer múltiplas transformações para serem utilizados pelos<br />
professores em um contexto particular.<br />
Constata-se nestas distinções uma visão do aprendizado, evidenciando o trabalho de apropriação<br />
necessário para que um saber elaborado exteriormente a ele torne-se elemento de um repertório<br />
que possibilite agir em uma determinada situação em particular.<br />
B – Os Esquemas de Ação: Atuam como agentes de ligação entre o indivíduo e o seu meio,<br />
agem como filtros que tornam as situações compreensíveis (percepção) direcionando a ação<br />
(decisão e avaliação). Permitem que o indivíduo atribua uma significação à situação encontrada e<br />
possa dispor de ações adequadas ao contexto. Neste sentido, Perrenoud (1994) acrescenta:<br />
Os esquemas de ação são esquemas de percepção, de avaliação e de decisão que permitem<br />
mobilizar e efetivar saberes e que os transformam em competências. É por seu intermédio<br />
que os saberes podem ser ativados. Indispensáveis à ação, esses esquemas podem ser<br />
objetos de aprendizagem. O profissional reflete antes, durante e após a ação. No curso de<br />
sua reflexão, utiliza representações e saberes de fontes distintas. Sem essa capacidade de<br />
mobilização e de efetivação de saberes (através dos esquemas de ação), não há<br />
competências, mas somente conhecimentos. (PERRENOUD, 1994, p. 24).<br />
C – O Repertório de Condutas Disponíveis: O pressuposto aqui é o de que o professor dispõe<br />
igualmente de certo número de condutas mais ou menos automatizadas, que podem ser<br />
mobilizadas através dos esquemas de ação. As condutas são as respostas possíveis a estímulos<br />
percebidos no meio e formas de traduzir em atos decisões tomadas na fase de planejamento.<br />
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