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questões sempre estiveram presentes no mundo acadêmico; no entanto, no mundo moderno tudo
é mais rápido. A questão da disciplina e do pouco comprometimento dos alunos são fatores de
queixa de muitos.
“Eu acho que a gente passa por problemas de valor, falta de ética, o comportamento
dos alunos, isso são coisas que não me agradam, não vejo estudo na sala de aula, não
vejo comprometimento no ensino. O professor continua sendo pra mim aquele solitário
batalhador em busca do seu ideal, mas na estrutura eu não vejo compromisso [...].”
Para alguns dos entrevistados, o mundo acadêmico não acompanha as exigências do mercado
atual e forma profissionais com pouca capacidade para competir com mais chances no mercado
de trabalho. Acreditam que as universidades deveriam estar mais preocupadas com o
aproveitamento profissional do aluno, preparando-o melhor para o verdadeiro e real mercado de
trabalho.
4.1.6 A percepção de “viver e atuar” em dois mundos diferentes
Para esses profissionais, existe uma gratificação significativa no exercício de realidades tão
diferenciadas: ao assumirem papéis diferentes, são valorizados duplamente, isto é, em ambos os
lados da moeda são vistos como mais qualificados e preparados. Entendem que, no mundo
corporativo, ser professor universitário é mais um diferencial, um enriquecimento de currículo.
Nessa ótica, o fato de “dar aulas” em uma universidade funciona como um atestado que confirma
o conhecimento que o profissional detém, sua expertise na área que atua.
Alguns chegam a exemplificar que, em reuniões de trabalho, muitas vezes, são apresentados aos
clientes como o gerente da área X e que é também professor da Universidade Y. Essa é mais uma
qualificação, mais uma competência que, conseqüentemente, lhe confere mais status,
credibilidade e respeito.
No exercício da docência, ser um executivo do mercado, que atua na empresa X é um
qualificador que mostra experiência diferenciada do professor para os alunos. São unânimes em
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