administrativas que possuíam, e para as quais receberam retorno positivo durante os anos, são de uso limitado na sua nova cultura. Eles rapidamente percebem que novas habilidades deverão ser aprendidas para que sobrevivam. O processo de transição pode ser, e tipicamente é, doloroso, pois os novos acadêmicos devem se ajustar às diversas artimanhas da cultura acadêmica ausente na “cultura de negócios”. Os novos praticantes acadêmicos são geralmente deixados para descobrirem sozinhos que habilidades são necessárias para seu bom desempenho. Os resultados da pesquisa de Kilimnik et al. (2008), a respeito da transição da gerência para a docência, indicam que, em consonância com as transformações no mundo do trabalho, o profissional técnico-gerencial que transita para a vida acadêmica passa por grandes mudanças no que se refere a atitudes, conhecimentos, habilidades e condutas. Os entrevistados exercem, ou exerceram, uma atividade técnico-gerencial junto às empresas privadas, e vêem na docência oportunidades como: (a) renda adicional, (b) status de professor, (c) ocupação mais segura, (d) maior empregabilidade por conta do crescimento no número de faculdades, (e) horários flexíveis. Na maior parte dos casos estudados, a transição para a atividade acadêmica não ocorreu devido a fatores externos, tais como demissão, desemprego, podendo ser caracterizada como uma opção, ou escolha dos entrevistados, que afirmam terem interesse genuíno pela atividade acadêmica. Entretanto, fatores contextuais, embora não tenham sido determinantes, de alguma forma influenciaram na decisão, tais como as grandes pressões vivenciadas no ambiente empresarial. A tentativa de conciliar a atividade gerencial com a atividade docente revelou-se de difícil operacionalização, devido a viagens e extensa carga horária de trabalho (que atinge o horário noturno), característicos do ambiente empresarial. A atividade profissional liberal, ou autônoma acaba sendo, então, uma alternativa mais adequada para aqueles que, ao transitar, não desejam se dedicar exclusivamente à atividade docente. De acordo com a percepção dos entrevistados, carreira na docência oferece melhor qualidade de vida em relação à carreira nas empresas. Comparando a cultura empresarial e a cultura das instituições de ensino, são apontados, por um lado, a maior morosidade dessas últimas no que se refere aos processos administrativos e, por outro, o seu ambiente de trabalho mais democrático, com possibilidades de exercer a profissão sem se envolver em questões políticas, que, entretanto, perpassam todas elas. A pesquisa identificou um perfil bem específico nesse grupo de trabalhadores: tem alta escolaridade, pode escolher entre várias profissões, não tem estabilidade (por opção ou falta dela), busca autonomia 79
e qualidade de vida e vê na ocupação de docente uma oportunidade para realização pessoal e profissional. 80
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UNIVERSIDADE FUMEC FACULDADE DE CI
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Dedico este trabalho ao meu grande
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“O ensino superior é, em qualque
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Já que nesta pesquisa o termo doc
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Moderador: Em relação às questõ
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Parágrafo único. O aluno matricul
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§ 1º. Os diplomas expedidos pelas
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V - obras de infra-estrutura, ainda
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§ 2º. A União regulamentará os
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Art. 92. Revogam-se as disposiçõe