universidade fumec valéria christina parreiras costa bouzada
universidade fumec valéria christina parreiras costa bouzada
universidade fumec valéria christina parreiras costa bouzada
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Minayo (2000) descreve que fazer uma análise temática consiste em descobrir os núcleos de<br />
sentido que compõem uma comunicação, e cuja presença ou freqüência signifiquem alguma coisa<br />
para o objetivo analítico visado. Ou seja, tradicionalmente, a análise temática se encaminha para<br />
a contagem de freqüência das unidades de significação como definidoras do caráter do discurso.<br />
Ou, ao contrário, qualitativamente a presença de determinados temas denota os valores de<br />
referência e os modelos de comportamento presentes no discurso.<br />
De acordo com Franco (2003), a Análise de Conteúdo mostra-se ainda hoje envolta de<br />
controvérsias. Porém, este é um conflito entre lingüistas e psicólogos, que não será discutido no<br />
trabalho. Entretanto, a este respeito, cabe comentar que, aparentemente, a lingüística e a análise<br />
de conteúdo têm o mesmo objeto: a linguagem. Em verdade, porém, a distinção fundamental,<br />
proposta por F. Saussure, que fundou a lingüística, entre língua e fala, marca a diferença. A este<br />
respeito, Pêcheux (1973), apud Franco (2003), diz o seguinte, marcando os campos da língua<br />
(aspecto coletivo) e da fala (aspecto individual, uso da palavra):<br />
O objeto da lingüística é a língua, quer dizer, o aspecto coletivo e virtual da linguagem,<br />
enquanto que o da Análise de Conteúdo é a palavra, isto é, o aspecto individual e atual<br />
(em ato) da linguagem. A lingüística trabalha com uma língua teórica, encarada como<br />
um conjunto de sistemas que autorizam combinações e substituições regulamentadas<br />
por elementos definidos... Ou seu papel resume-se, independentemente do sentido<br />
deixado, à semântica, à descrição de funcionamento da língua, para além das variações<br />
individuais ou sociais tratadas pela psicolingüística ou sociolingüística. Pelo Contrário,<br />
a Análise de Conteúdo trabalha a palavra, quer dizer, a prática da língua realizada por<br />
emissores identificáveis, a lingüística estuda a língua para descrever seu<br />
funcionamento. A Análise de Conteúdo procura conhecer aquilo que está por trás das<br />
palavras sobre as quais de debruça (PECHEUX, 1973, p. 43).<br />
Dentro desta perspectiva da análise temática, foram utilizadas as seguintes categorias em<br />
consonância com os objetivos específicos da pesquisa:<br />
1ª Ingresso na carreira – desafios e possíveis problemas;<br />
2ª Transição de carreira – meio empresarial para o meio acadêmico;<br />
3ª Inserção no mercado de trabalho – progresso e estabilidade;<br />
4ª Competências requeridas para a profissão;<br />
5ª Apoio ao professor iniciante;<br />
6ª Situação da profissão professor;<br />
7ª Utilização de recursos didático-pedagógicos.<br />
87