Emoções: uma discussão sobre modos de conceber e teorizar
Emoções: uma discussão sobre modos de conceber e teorizar
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“O que nos falta sejamos explícitos, são mo<strong>de</strong>los conceituais e, além <strong>de</strong>les, <strong>uma</strong><br />
visão global graças à qual nossas idéias dos seres h<strong>uma</strong>nos como indivíduos e<br />
socieda<strong>de</strong>s possam harmonizar-se melhor. Não sabemos, ao que parece, <strong>de</strong>ixar<br />
claro para nós mesmos como é possível que cada pessoa isolada seja <strong>uma</strong> coisa<br />
única, diferente <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais; um ser que, <strong>de</strong> certa maneira, sente, vivencia e<br />
faz o que não é feito por nenh<strong>uma</strong> outra pessoa; um ser autônomo e, ao mesmo<br />
tempo, um ser que existe para outros e entre outros, com os quais compõe<br />
socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> estrutura cambiável, com histórias não pretendidas ou promovidas por<br />
qualquer das pessoas que as constituem, tal como efetivamente se <strong>de</strong>sdobram ao<br />
longo dos séculos, e sem as quais o indivíduo não po<strong>de</strong>ria <strong>sobre</strong>viver quando criança<br />
nem apren<strong>de</strong>r a falar, pensar, amar ou comportar-se como ser h<strong>uma</strong>no.”<br />
(Norbert Elias, A socieda<strong>de</strong> dos indivíduos)<br />
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