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ESTUDO AVALIATIVO DA POLÍTICA DE ATENÇÃO À SAÚDE ...

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Como já mencionado, a nova classificação passa a conceber a deficiência<br />

como uma perda ou anormalidade de uma parte do corpo (estrutura) ou função<br />

corporal (fisiológica), incluindo as funções mentais. Já a atividade está relacionada<br />

com o que as pessoas fazem ou executam em qualquer nível de complexidade,<br />

desde aquelas simples até as habilidades e condutas complexas. A limitação da<br />

atividade, antes conceituada como incapacidade, é agora entendida como uma<br />

dificuldade no desempenho pessoal. No entanto, o termo incapacidade não é mais<br />

utilizado porque pode ser tomado como uma desqualificação social. Na ampliação<br />

do conceito, a Classificação Internacional inclui a participação, definida como a<br />

interação que se estabelece entre a pessoa portadora de deficiência, a limitação da<br />

atividade e os fatores do contexto sócio-ambiental. Na raiz dessa nova abordagem<br />

está a perspectiva da inclusão social, entendida<br />

como o processo pelo qual a sociedade se adapta para incluir, em<br />

seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais<br />

e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na<br />

sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral<br />

no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em<br />

parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a<br />

equiparação de oportunidades para todos (SASSAKI, 1997, p. 3).<br />

Sob a ótica do modelo social, a deficiência deve ser identificada na<br />

incapacidade da sociedade em criar condições inclusivas para todas as pessoas. A<br />

desvantagem no mercado de trabalho, experimentada pelos surdos, por exemplo,<br />

decorre, em parte, da incapacidade dos ouvintes em utilizar a linguagem de sinais; a<br />

dificuldade de locomoção de muitos idosos está associada, também em grande<br />

parte, à má qualidade das vias de pedestres e à inadequação do sistema de<br />

transporte coletivo (ME<strong>DE</strong>IROS; DINIZ, 2004).<br />

A prática da inclusão social parte do princípio de que, para inserir todas as<br />

pessoas, a sociedade deve atender às necessidades de todos os seus membros. No<br />

caso dos idosos, o rigor excessivo na definição de deficiência pode ter<br />

conseqüências negativas. Como a deficiência é tratada como uma situação de<br />

incapacidade total, uma série de ajustes na sociedade, necessários para a melhoria<br />

de condições de vida dos idosos, recebe pouca ou nenhuma atenção das medidas<br />

de apoio à deficiência.<br />

Nesse sentido, a inclusão social dos deficientes significa possibilitar a eles o<br />

acesso aos serviços públicos, aos bens culturais e aos produtos decorrentes do<br />

avanço social, político, econômico e tecnológico da sociedade.<br />

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