José Mauro de Vasconcelos - Meu pé de laranja-lima (pdf)(rev)
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literatura <strong>de</strong> <strong>José</strong> <strong>Mauro</strong>. Hoje está em 21.a edição e recebeu elogios como o <strong>de</strong><br />
Abdias Lima:<br />
A narrativa, com sua trama que corre como um rio, sem truques e artifícios<br />
literários, as personagens, com sua dialogação típica, fazem <strong>de</strong> "Rosinha, Minha<br />
Canoa”, uma gran<strong>de</strong> estória nacional.<br />
A imprensa já procurava o escritor em ascensão e perguntava sobre suas<br />
preferências literárias (Graciliano, Zé Lins do Rego), sobre seu modo <strong>de</strong> esc<strong>rev</strong>er<br />
Esc<strong>rev</strong>o meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando<br />
idéias.<br />
Esc<strong>rev</strong>o tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e <strong>de</strong>pois é que releio o que<br />
esc<strong>rev</strong>i. Esc<strong>rev</strong>o a qualquer hora, <strong>de</strong> dia ou <strong>de</strong> noite. Quando estou esc<strong>rev</strong>endo<br />
entro em transe. Só paro <strong>de</strong> bater nas teclas da máquina quando os <strong>de</strong>dos doem. Só<br />
aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz <strong>de</strong> varar dias esc<strong>rev</strong>endo até a<br />
exaustão. “Doidão” (1963) conta a adolescência do escritor em Natal, claro que <strong>de</strong><br />
forma romanceada, “0 Garanhão das Praias” (1964), com sua ação altamente<br />
dramática, é bem diferente <strong>de</strong> “Coração <strong>de</strong> Vidro” (1964), um livro <strong>de</strong> fábulas em<br />
que os animais ganham dimensão humana e lírica. De 1966 é “As Confissões <strong>de</strong><br />
Frei Abóbora”, obra que antece<strong>de</strong>u o gran<strong>de</strong> sucesso do escritor, “O <strong>Meu</strong> Pé <strong>de</strong><br />
Laranja Lima”. “O <strong>Meu</strong> Pé <strong>de</strong> Laranja Lima” saiu em doze dias.<br />
“Porém estava <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> mim há anos, há vinte anos”, diz <strong>José</strong> <strong>Mauro</strong>. E o<br />
livro, publicado em 1968, conquistou os leitores brasileiros, do Amazonas ao Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Sul, quebrando todos os recor<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vendagem. Hoje, está na 221ª<br />
edição, com cerca <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> exemplares vendidos.<br />
A crítica também se entusiasmou com a obra e não faltaram elogios:<br />
“Qualquer pessoa <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> que leia esse livro <strong>de</strong> <strong>José</strong> <strong>Mauro</strong> se projeta na<br />
figurinha <strong>de</strong> Zezé. . . -”.<br />
Ivone Borges Botelho; “Recomendo a todos a leitura <strong>de</strong> “O <strong>Meu</strong> Pé <strong>de</strong><br />
Laranja Lima” e dos outros romances <strong>de</strong> <strong>José</strong> <strong>Mauro</strong> <strong>de</strong> <strong>Vasconcelos</strong>, cuja obra<br />
está exigindo estudos mais longos, pois é um dos bons narradores que o Brasil já<br />
teve em qualquer tempo” Antônio Olinto; “O <strong>Meu</strong> Pé <strong>de</strong> Laranja Lima” é um<br />
documentário social e um estudo psicológico - que soa como uma canção, on<strong>de</strong> há<br />
intensa realida<strong>de</strong> e, por isso mesmo, ternura e amor “ Eucli<strong>de</strong>s Marques Andra<strong>de</strong>”.<br />
Dizia o escritor, na época: “Tenho um público que vai dos 6 aos 93 anos.<br />
Não só aqui no Rio ou em São Paulo, mas em todo o Brasil. <strong>Meu</strong> livro “Rosinha,<br />
Minha Canoa” é utilizado em curso <strong>de</strong> Português na Sorbonne, em Paris.<br />
As traduções no estrangeiro se multiplicaram. “O <strong>Meu</strong> Pé <strong>de</strong> Laranja Lima”<br />
saiu na Áustria, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Itália, Holanda e<br />
França, “Barro Blanco” tem edições húngara e alemã.”Arara Vermelha” foi<br />
publicado na Áustria e na Alemanha e o será b<strong>rev</strong>emente na Holanda. Em preparo,<br />
a edição <strong>de</strong> “Arraia <strong>de</strong> Fogo” na Hungria.<br />
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