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Reflexões Sobre o Amor na Vita Nuova de Dante Alighieri

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Capítulo II – ALGUNS LUGARES ESPECULATIVOS DA REFLEXÃO TEOLÓGICA SOBRE O AMOR<br />

_______________________________________________________________________________________<br />

o ensi<strong>na</strong>mento do amor or<strong>de</strong><strong>na</strong>do para os teólogos medievais, mas dos versos<br />

anteriores:<br />

O rei introduziu-me nos seus aposentos<br />

Exultaremos e nos alegraremos em ti<br />

Cantaremos os teus amores mais suaves que o vinho<br />

Quanta razão há para te amar 58<br />

Ber<strong>na</strong>rdo <strong>de</strong> Claraval é conduzido, ao longo da sua interpretação até aos<br />

momentos mais vivos da relação entre os dois esposos <strong>de</strong> tal modo que para<br />

temperar os excessos se tor<strong>na</strong> necessário apelar ao discernimento, à razão:<br />

caritatis. 59<br />

Ubi ergo vehemens aemulatio, ibi maxime discretio est necessaria, quae est ordi<strong>na</strong>tio<br />

A herança i<strong>de</strong>ológica subjacente a estes conceitos <strong>de</strong>senvolvidos por<br />

teólogos como Hugo <strong>de</strong> S. Victor, Aelredo <strong>de</strong> Rievaulx e Ber<strong>na</strong>rdo <strong>de</strong> Claraval,<br />

será evi<strong>de</strong>nte em <strong>Dante</strong>, e particularmente em <strong>Vita</strong> <strong>Nuova</strong> on<strong>de</strong> o amor por<br />

Beatriz é apresentado como uma amor que se exerce segundo o Conselho da<br />

Razão e on<strong>de</strong> Beatriz é apresentada como um ser que é amado porque merece<br />

ser amado.<br />

58 Bíblia Sagrada, Cântico dos cânticos (1,4), Lisboa, Edições Verbo, 1976, p.757.<br />

59 BERNARDO DE CLARAVAL. Sermão 49, apud BALADIER, Charles. Érôs au Moyen Âge, ed. cit., p. 56.<br />

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