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Lawrence_Lessig_-_Cultura_Livre

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271 Eles, logo<br />

A – garantias dos diretos do compartilhamento de tipo D;<br />

B – permissões para compartilhamento legalizado de material do tipo C<br />

não-comercialmente sem custos, e de compartilhamento legalizado de<br />

material do tipo C não-comercialmente sob uma taxa baixa fixada por<br />

lei;<br />

C – durante a transição, taxar e compensar os danos comprovadamente<br />

causados pelo compartilhamento tipo A;<br />

Mas e se a “pirataria” não desaparecesse? O que aconteceria se houvesse<br />

uma mercado competitivo fornecendo conteúdo a baixo custo, mas também<br />

houvesse um número significativo de consumidores que continuassem a “pegar”<br />

conteúdo sem pagar nada? A lei deveria fazer algo contra eles?<br />

Sim, ela deveria. Mas, novamente, o que ela deveria fazer dependeria de<br />

como os fatos se desenrolasse. Essas mudanças não iriam eliminar compartilhamento<br />

tipo A. Mas o assunto real não é se ele irá eliminar o compartilhamento<br />

nas abstrações. O assunto real é seu efeito no mercado. É melhor<br />

(a) ter tecnologia 95% segura e produzir um mercado de dimensão x ou (b)<br />

ter tecnologia 50% segura e produzir um mercado cinco vezes maior que x?<br />

Tecnologia pouco segura pode produzir mais compartilhamento ilegal, mas<br />

também podem produzir um mercado muito maior de compartilhamento legalizado.<br />

O mais importante aqui é garantir a compensação aos artistas sem<br />

destruir a Internet. Uma vez que isso esteja garantido, então poderá ser<br />

interessante encontrar forma de encontrar os piratas insignificantes.<br />

Mas temos um longo caminho partindo da detecção do problema como<br />

sendo esses compartilhadores de tipo A. E nosso foco até lá não deveria ser<br />

procurar formas de não destruir a Internet. Nosso foco até lá deveria ser em<br />

como garantir que os artistas sejam pagos, enquanto protegemos o espaço de<br />

inovação e criatividade que é a Internet.<br />

B.5 Demitindo muitos advogados<br />

Sou um advogado e formo advogados para viver. Acredito nas leis, entre<br />

elas a do copyright. Porém, eu devotei minha vida trabalhando com a lei não<br />

por causa da grana envolvida mas porque há ideais envolvidos pelos quais<br />

dediquei minha vida.<br />

Mas a maior parte desse livro foi uma crítica aos advogados, ou ao papel<br />

que os advogados tiveram nesse debate. A lei fala de ideais, mas na minha<br />

visão nossa profissão ficou muito sintonizada no cliente. E em um mundo

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