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APRESENTAÇÃO<br />
A presente tese relata o resultado de uma pesquisa realizada com o objetivo<br />
de atender os requisitos do curso de Doutorado em Desenvolvimento Regional da<br />
Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), instituição na qual a autora exerce as<br />
funções de professora do Departamento de Educação e também de Presidente da<br />
Associação dos Docentes (ADUNISC).<br />
O estudo focaliza as universidades comunitárias do Rio Grande do Sul como<br />
um campo institucional em consolidação e submetido a pressões internas e<br />
externas que as desafiam e as induzem a buscar alternativas que lhes garantam<br />
melhores possibilidades de reprodução institucional sem, no entanto, perderem as<br />
particularidades que norteiam o modelo que as distinguem das demais instituições<br />
que a legislação denomina de privadas. 1<br />
O foco da pesquisa consiste na verificação dos mecanismos e instrumentos<br />
institucionais voltados para reduzir as incertezas atuais criadas por um campo de<br />
tensões instaurado entre os compromissos sociais e territoriais de sua ação –<br />
constitutivos de seu ideário 2 – e as condições que interferem em seu padrão de<br />
reprodução institucional, a saber: a concorrência com IES particulares propriamente<br />
ditas e os novos investimentos do Estado brasileiro em sua nova estratégia de<br />
expansão do ensino universitário.<br />
O “modelo” de universidade 3 estudado revela uma configuração institucional<br />
diversificada entre as unidades aqui consideradas, com estruturas e dinâmicas que<br />
as singularizam no seu interior, tais como: padrões de relações entre mantida e<br />
mantenedora e diversidade de relações entre o núcleo administrativo central e suas<br />
unidades dispersas pelo território regional. Por outro lado, algumas similaridades<br />
entre as IES devem ser assinaladas tais como seu repertório de princípios<br />
fundantes: ser uma instituição de caráter público não-estatal, ser regional,<br />
comunitária e democrática.<br />
1<br />
O MEC/INEP classifica as IES em públicas e privadas. Estas, “São as mantidas e administradas<br />
por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado”. Podem se organizar segundo instituições<br />
com ou sem fins lucrativos. Estas últimas se classificam em comunitárias, confessionais e<br />
filantrópicas, sendo as comunitárias “instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou<br />
mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam, na sua<br />
entidade mantenedora, representantes da comunidade”. . Acesso em: 4 jul. 2008.<br />
2<br />
Valores e princípios, acordados em diferentes cenários históricos, ao longo da segunda metade<br />
do século vinte, conferem às instituições comunitárias de ensino superior um ideário que define<br />
os alicerces de suas identidades: ser regional, comunitária e democrática.<br />
3<br />
O estudo concentrou-se apenas nas IES que se constituem como universidades, excluindo,<br />
portanto os centros universitários. O COMUNG – Consórcio de Universidades Comunitárias do<br />
Rio Grande do Sul -congrega 12 instituições de ensino superior, sendo 10 universidades e 2<br />
centros universitários. Foram estudadas 3 das 8 universidades laicas do interior do estado.