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46-Relatório de Avaliação do Impacto PARPA II.pdf - UNICEF ...

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11/11/2009<br />

63. A política monetária teve um papel importante na acomodação <strong>do</strong> eleva<strong>do</strong> crescimento da<br />

economia e, <strong>de</strong> forma pru<strong>de</strong>nte e consistente com o crescimento da economia, expandiu a massa<br />

monetária 1 em 34% <strong>de</strong> 2006 para 2008, acima da previsão <strong>do</strong> <strong>PARPA</strong> <strong>II</strong>. Por outro la<strong>do</strong>, as taxas<br />

<strong>de</strong> juro para empréstimos, embora tenham permaneci<strong>do</strong> altas e constrange<strong>do</strong>ras para o sector<br />

priva<strong>do</strong> - cerca <strong>de</strong> 23% em média entre 2006 e 2008 para a maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1 ano, mantiveram-se<br />

relativamente estáveis.<br />

64. As reformas actualmente em curso, em particular na área tributária, contribuíram para reduzir<br />

ligeiramente o défice orçamental antes <strong>do</strong>s <strong>do</strong>nativos, <strong>de</strong> 12,4% <strong>do</strong> PIB em 2005 para 12,1% em<br />

2008. Moçambique tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir o défice orçamental após os <strong>do</strong>nativos para<br />

cumprir com convergência macroeconómica no âmbito da integração regional na SADC.<br />

Análise da Pobreza e Sistemas <strong>de</strong> Monitoria<br />

65. No momento da elaboração <strong>de</strong>ste relatório, a principal fonte <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para analisar a<br />

evolução da pobreza, o Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF), não estava disponível. A<br />

Terceira Avaliação da Pobreza, a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em 2010, irá analisar se foi alcança<strong>do</strong> o<br />

objectivo principal <strong>do</strong> <strong>PARPA</strong> <strong>II</strong>, Redução <strong>do</strong>s Níveis <strong>de</strong> Pobreza Absoluta. O Questionário<br />

<strong>de</strong> Indica<strong>do</strong>res Básicos <strong>de</strong> Bem-Estar (QUIBB) também não foi realiza<strong>do</strong> como previsto<br />

durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>PARPA</strong> <strong>II</strong>.<br />

66. A evolução <strong>do</strong> PIB per capita po<strong>de</strong> ser toma<strong>do</strong> como uma proxy para medir a variação nas<br />

condições <strong>de</strong> vida, na falta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s mais abrangentes. O crescimento médio <strong>do</strong> PIB per<br />

capita real foi <strong>de</strong> 5% entre 2006 e 2008, pouco acima da projecção no <strong>PARPA</strong> <strong>II</strong> <strong>de</strong> 4,8%<br />

(Tabela 1). Este crescimento, alia<strong>do</strong> ao bom <strong>de</strong>sempenho na produção agrícola, po<strong>de</strong>rá<br />

indicar que po<strong>de</strong> ter havi<strong>do</strong> melhorias em termos <strong>de</strong> rendimento nas zonas rurais, assim<br />

como ter contribuí<strong>do</strong> para a melhoria da situação da segurança alimentar. No entanto, da<strong>do</strong> o<br />

alto nível <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> a choques externos, em particular às condições climáticas,<br />

torna-se ainda necessário confirmar se esta possível melhoria foi sustentada durante este<br />

perío<strong>do</strong>.<br />

67. O Coeficiente <strong>de</strong> Gini, uma medição <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, é basea<strong>do</strong> nos da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> IOF e,<br />

portanto, não está disponível. Os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> aprofundamento <strong>do</strong> RAI, basea<strong>do</strong>s nos da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

MICS e TIA indicam que a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ter subi<strong>do</strong> em Moçambique durante o perío<strong>do</strong><br />

tanto em termos <strong>de</strong> renda como <strong>de</strong> acesso aos serviços básicos. Por outro la<strong>do</strong>, estu<strong>do</strong>s<br />

qualitativos realiza<strong>do</strong>s mostram que a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> tem evoluí<strong>do</strong> principalmente nas áreas<br />

urbanas com <strong>de</strong>staque para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maputo. Igualmente, estu<strong>do</strong>s sobre a vulnerabilida<strong>de</strong><br />

e pobreza crónica indicam que 34,8% <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares em Moçambique estão<br />

submeti<strong>do</strong>s a uma situação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> à insegurança alimentar. 2 Estas<br />

tendências <strong>de</strong>verão ser confirmadas com da<strong>do</strong>s qualitativos a serem disponibiliza<strong>do</strong>s em<br />

2010. Deve-se notar que não há consenso sobre a soli<strong>de</strong>z da meto<strong>do</strong>logia e da evidência <strong>de</strong><br />

ambos os estu<strong>do</strong>s, referi<strong>do</strong>s no início <strong>de</strong>ste parágrafo.<br />

1 Massa monetária refere-se aqui ao M2 (notas e moedas em circulação na economia).<br />

2 (SETSAN, 2006; Selvester e Fidalgo, 2006).<br />

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