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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 2

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 2.

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98 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

mais, dessa forma tornou-se evidente que ele assentou-se à destra do<br />

Pai, para que todo joelho se dobre diante dele [Fp 2.10].<br />

13. E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei. Com estas<br />

palavras ele declara que será o Autor de tudo o que se fará pelas mãos<br />

dos apóstolos. Mas é possível que alguém pergunte: Ele já era então o<br />

Mediador em cujo nome os homens devem orar ao Pai? Respondo que<br />

ele claramente cumpriu o ofício de Mediador desde quando entrou no<br />

santuário celestial; como mais adiante reiteraremos no devido lugar.<br />

Para que o Pai seja glorificado no Filho. Esta passagem se harmoniza<br />

com o as palavras de Paulo: Para que toda língua confesse que<br />

Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus o Pai [Fp 2.11]. O fim de<br />

todas as coisas é a santificação do nome de Deus. Aqui, porém, declara-se<br />

o método genuíno de santificar, a saber: no Filho e por meio<br />

do Filho. Porque, ainda que a majestade de Deus esteja em si mesma<br />

oculta de nós, ele resplandece em Cristo; ainda que sua mão esteja<br />

velada, temo-la visível em Cristo. Consequentemente, nos benefícios<br />

que o Pai nos outorga não temos direito de separar o Pai do Filho,<br />

em conformidade com aquele dito: Aquele que não honra o Filho, não<br />

honra o Pai [Jo 6.23].<br />

14. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.<br />

Esta não é uma reiteração desnecessária. Todos veem e sentem que<br />

são indignos de aproximar-se de Deus; no entanto, a maioria dos homens<br />

se precipita, como que fora de si, e se dirigem a Deus temerária<br />

e desdenhosamente e depois, quando essa indignidade, da qual já<br />

falei, vem a sua lembrança, cada indivíduo engendra para si vários<br />

expedientes. Em contrapartida, quando Deus nos convida a si, ele nos<br />

mostra somente um Mediador por meio de quem ele quer ser aplacado<br />

e reconciliado. Aqui, porém, uma vez mais a perversidade da mente<br />

humana entra em cena; pois a maioria não cessa de abandonar a estrada<br />

e a procurar muitos atalhos. A razão pela qual agem assim é que<br />

têm apenas uma pobre e insuficiente percepção do poder e bondade<br />

de Deus em Cristo. A este se adiciona um segundo erro, a saber, que<br />

não consideramos que somos com justiça excluídos do acesso a Deus,

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