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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 2

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 2.

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226 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

é como se ele quisesse dizer: “Caso estivesse em vosso poder, instantaneamente<br />

já o terias executado, sem ser ouvido em sua própria<br />

defesa. Esta é a equidade de vossa lei, condenar um homem sem crime<br />

algum?” Assim agem os ímpios, pronunciando falsamente o nome de<br />

Deus como justificativa de sua conduta, expondo sua santa doutrina<br />

aos reprovação de seus inimigos, e o mundo avidamente utiliza isso<br />

como uma ocasião para lançar calúnia.<br />

A nós não nos é permitido. Estão equivocados os que pensam<br />

que os judeus recusam a oferta, a qual Pilatos lhes fez; antes, sabendo<br />

que ele lhes dirigia escárnio: Tomai-o, respondem: “Tu não o permitirias;<br />

e já que és o juiz, exerce teu ofício.”<br />

32. Para que se cumprisse a palavra de Jesus. Finalmente, o<br />

evangelista acrescenta que era necessário que isso fosse feito a fim de<br />

que a predição que Cristo pronunciara se cumprisse: O Filho do homem<br />

será entregue nas mãos dos gentios [Mt 20.19]. E, se quisermos ler com<br />

proveito a história da morte de Cristo, o ponto primordial é levar em<br />

conta o eterno propósito de Deus. O Filho de Deus é posto diante do<br />

tribunal de um homem mortal. Se presumirmos que isso foi feito pelo<br />

capricho humano, e não erguermos nossos olhos para Deus, nossa<br />

fé necessariamente seria confundida e mergulhada em vexame. Mas<br />

quando percebemos que, pela condenação de Cristo, nossa condenação<br />

diante de Deus é obliterada, porque foi do agrado do Pai celestial<br />

tomar esse método de reconciliar consigo o gênero humano, soerguidos<br />

bem alto por essa singular consideração, ousadamente e sem<br />

qualquer vergonha, nos gloriamos inclusive na ignomínia de Cristo.<br />

Portanto, aprendamos, em cada parte desta narrativa, a volver nossos<br />

olhos para Deus como o Autor de nossa redenção.<br />

[18.33-36]<br />

Então Pilatos entrou novamente na sala de audiência e chamou<br />

Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus:<br />

Tu dizes isso de ti mesmo, ou outros to disseram de mim? Respondeu<br />

Pilatos: Porventura sou eu judeu? Tua própria nação

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