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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 2

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 2.

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138 • <strong>Comentário</strong> do <strong>Evangelho</strong> de <strong>João</strong><br />

Cristo. Devemos, pois, observar sempre a causa de tal conduta, e que<br />

a genuína consolação consiste em nada mais além do que testemunho<br />

de uma boa consciência. Também desperta gratidão em nossa mente<br />

quando o mundo perece em sua cegueira, enquanto Deus nos comunica<br />

sua luz. É preciso também entender que o ódio por Cristo emana<br />

da estupidez mental, quando Deus não é conhecido; pois, como sempre<br />

afirmo, a incredulidade é cega; não que os ímpios não entendam<br />

ou nada conheçam, mas porque todo o conhecimento que possuem é<br />

confuso e rapidamente se desvanece. Já tratei deste tema mais amplamente<br />

em outro lugar.<br />

[15.22-27]<br />

Se eu não viera e nem lhes houvera falado, não teriam pecado;<br />

mas agora não têm justificativa para seu pecado. Aquele que<br />

me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não fizesse entre eles<br />

as obras que nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora<br />

têm visto e odiado tanto a mim quanto a meu Pai. Mas é para<br />

que se cumpra a palavra que está escrita na lei: Odiaram-me<br />

sem causa. Mas quando vier o Consolador, a quem enviarei da<br />

parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele<br />

testificará de mim. E vós também dareis testemunho [ou, sereis<br />

testemunhas], porque estais comigo desde o princípio.<br />

22. Se eu não viera. Ele dissera que os judeus haviam considerado<br />

o evangelho com ódio, só porque não conheciam a Deus. Para que<br />

ninguém pensasse que isso se destinava a aliviar sua culpa, ele acrescenta<br />

ser através da malícia que eram cegos, justamente como alguém<br />

que fecha seus olhos a fim de não se vir compelido a divisar a luz. Pois<br />

do contrário se poderia apresentar como objeção contra Cristo: “Se<br />

não conhecem a teu Pai, por que então não curas sua ignorância? Por<br />

que pelo menos não fazes um teste se são ou não totalmente culpados<br />

de não se deixarem instruir?” Ele replica que cumpriu o dever de um<br />

bom e fiel Mestre, porém sem sucesso, porque a malícia deles não os

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