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Comentário Evangelho Segundo João - Vol. 2

Comentário de João Calvino no Evangelho Segundo João - Vol. 2.

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Capítulo 17 • 185<br />

do seu curso, nada mais lhe restava fazer, senão exibir, pelo poder de<br />

seu Espírito, o fruto e eficácia de tudo quanto havia feito na terra em<br />

obediência ao mandamento de seu Pai, segundo a afirmação de Paulo:<br />

Ele se humilhou e se aniquilou, 4 assumindo a forma de servo. Por isso<br />

Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todo<br />

nome [Fp 2.7, 10].<br />

5. A glória que tive contigo. Ele deseja ser glorificado com o Pai,<br />

não que o Pai o glorificasse secretamente, sem nenhuma testemunha,<br />

mas para que, tendo sido recebido no céu, ele fizesse uma magnificente<br />

exibição de sua grandeza e poder, para que todo joelho se dobre<br />

diante dele [Fp 2.10]. Consequentemente, a frase na sentença anterior,<br />

com o Pai, é contrastada com a glória terrena e evanescente, como<br />

Paulo descreve a bendita imortalidade de Cristo, dizendo que ele morreu<br />

uma vez para o pecado, porém agora vive para Deus [Rm 6.10].<br />

A glória que tive contigo antes que o mundo existisse. Ele agora<br />

declara que nada deseja que não pertença estritamente ao Pai, mas<br />

somente que ele pudesse apresentar-se na carne, tal como existiu antes<br />

da criação do mundo; ou, para expressar mais claramente, que a<br />

majestade divina, a qual sempre possuiu, fosse agora gloriosamente<br />

exibida na pessoa do Mediador, e na carne humana com a qual foi revestido.<br />

Esta é uma passagem extraordinária, a qual nos ensina que<br />

Cristo não é um Deus que foi há pouco inventado, ou que só existiu por<br />

algum tempo; pois se sua glória era eterna, então ele também sempre<br />

o foi. Além disso, uma manifesta distinção entre a pessoa de Cristo e a<br />

pessoa do Pai é aqui expressa; do que inferimos que ele não é apenas<br />

o Deus eterno, mas também que ele é o eterno Verbo de Deus, gerado<br />

pelo Pai antes de todas as eras.<br />

[17.6-11]<br />

Manifestei teu nome aos homens que me deste do mundo; eram<br />

teus, e tu mos deste, e eles guardaram tua palavra. Agora eles já<br />

4 “Il s’est humilié et aneanti soy-mesme.”

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