08.05.2013 Views

Arte e Educação - Fundação Bienal do Mercosul

Arte e Educação - Fundação Bienal do Mercosul

Arte e Educação - Fundação Bienal do Mercosul

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

82<br />

radas, o mesmo ocorre com a forma e o conteú<strong>do</strong>, que são dependentes<br />

um <strong>do</strong> outro nos mo<strong>do</strong>s de endereçamento específicos <strong>do</strong><br />

fazer artístico. Isso não significa, no entanto, que a suas políticas e<br />

estéticas serão sempre as mesmas, mas apenas que elas estão inscritas<br />

na mesma relação dupla e vinculada. Ao considerarmos o fazer artístico<br />

como mo<strong>do</strong>s de endereçamento, podemos então tentar entender<br />

os seus efeitos e as suas intenções, bem como levantar diversas questões<br />

sobre essa noção expandida de representação:<br />

Como podemos conceber os vários mo<strong>do</strong>s de endereçamento e como<br />

as novas narrativas, por sua vez subjetivas, podem ser construídas? Para<br />

quem estamos falan<strong>do</strong>? E quais as diferenças entre as nossas concepções/invocações<br />

acerca de instituições, públicos, grupos interessa<strong>do</strong>s<br />

ou comunidades? Se a arte, considerada como trabalho individual ou<br />

institucional, pode ser concebida enquanto espaço de encontro, como<br />

podemos intermediar a representação e a participação? Quais as similaridades<br />

e as diferenças entre a representação e o poder, entre a política<br />

da representação e a representação política (sem falar na diferença<br />

entre representação e depresentação)? Da<strong>do</strong> que a estética tem sua política<br />

própria de distribuição <strong>do</strong> sensível, quais são, então, os<br />

posicionamentos possíveis, no campo artístico, para as representações<br />

políticas e talvez até para as ações? Que mo<strong>do</strong>s são produtivos e que<br />

outros são contraprodutivos? Quais são, por exemplo, as armadilhas e<br />

os potenciais <strong>do</strong>s trabalhos coletivos e <strong>do</strong>s agrupamentos quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s<br />

ao papel <strong>do</strong> artista individual? Existem, de fato, mo<strong>do</strong>s que<br />

sejam fixos? Qual seria a relação entre a autonomia <strong>do</strong> trabalho artístico<br />

e a autonomia política? E finalmente, como alguém pode conceber a<br />

pedagogia da experiência pela experiência <strong>do</strong> bloqueio cultural ao invés<br />

da representação e autorização, e como pode tal pedagogia ser nãodisciplinária<br />

em da<strong>do</strong> contexto histórico e espacial – a exposição de<br />

arte – que é precisamente a união entre o pedagógico e o disciplinar?<br />

Visto de outra forma, se a arte é uma máquina, como sugeri<strong>do</strong> por<br />

Marcel Duchamp e Gilles Deleuze, como fazê-la funcionar? Quais as

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!