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Direito à memória e à verdade - Ministério da Justiça

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LORENZO ISMAEL VIÑAS (1955 – 1980)<br />

Número do processo: 279/96 e 023/02<br />

Filiação: Maria Adelal<strong>da</strong> Gigli e Boris Davi Viñas<br />

Data e local de nascimento: 20/06/1955, na Argentina<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: Montoneros<br />

Data e local do desaparecimento: 26/06/1980, em Uruguaiana (RS)<br />

Relator: Augustino Pedro Veit<br />

Deferido em: 02/08/2005 (fora indeferido em 15/05/97)<br />

Data <strong>da</strong> publicação no DOU: 22/08/2005<br />

| 441 |<br />

COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS<br />

Lorenzo Ismael Viñas desapareceu no Brasil em 26/06/1980 sendo o seu caso registrado com o nº 992 na Conadep <strong>da</strong> Argentina. Era estu<strong>da</strong>nte univer-<br />

sitário em Buenos Aires, onde cursava Ciências Sociais. Desde 1976 estava exilado no México com sua esposa, Cláudia Olga Romana Allegrini, que se<br />

tornou depois <strong>da</strong> redemocratização argentina uma funcionária <strong>da</strong> Subsecretaria de <strong>Direito</strong>s Humanos do <strong>Ministério</strong> do Interior <strong>da</strong>quele país.<br />

Entre 1979 e 1980, o casal já tinha retornado pela primeira vez <strong>à</strong> Argentina, onde nasceu a filha Maria Paula. No entanto, um mês após o nas-<br />

cimento, as perseguições e a repressão política os obrigaram a novo exílio. Seu plano era morar na Itália, onde já viviam os pais de Lorenzo. Ele<br />

embarcou em Buenos Aires num ônibus <strong>da</strong> empresa brasileira Pluma com destino ao Rio de Janeiro, no dia 26/06/1980. Um mês depois, sua esposa<br />

Cláudia percorreu o mesmo trajeto, pois os dois haviam combinado de se encontrar na capital carioca e juntos viajarem para a Itália. Ao chegar<br />

no Rio de Janeiro, Cláudia não encontrou o marido e começou imediatamente a buscar informações. Em Curitiba, sede <strong>da</strong> empresa Pluma,<br />

obteve a informação de que Lorenzo havia embarcado, mas não conseguira ir além de Uruguaiana, ci<strong>da</strong>de gaúcha na fronteira com a Ar-<br />

gentina. Nos autos, encontra-se um documento oficial contendo informações sobre o seu embarque, com o nome falso de Nestor Manuel<br />

Ayala, chegando a cruzar a fronteira do Brasil.<br />

Claudia esteve no Brasil muitas vezes, em reuniões com enti<strong>da</strong>des liga<strong>da</strong>s aos <strong>Direito</strong>s Humanos e autori<strong>da</strong>des governamentais, reivindi-<br />

cando o reconhecimento pelo governo brasileiro dos três argentinos que não faziam parte <strong>da</strong> lista oficial dos desaparecidos: seu marido,<br />

Mônica Susana e Horacio Domingo. Lorenzo tinha também ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia italiana, o que motivou uma ação judicial <strong>da</strong> família na Itália. Diversas<br />

gestões do <strong>Ministério</strong> do Interior <strong>da</strong> Argentina e <strong>da</strong> Subsecretaria de <strong>Direito</strong>s Humanos e Sociais foram dirigi<strong>da</strong>s <strong>à</strong>s autori<strong>da</strong>des brasileiras<br />

e a organismos internacionais solicitando informações sobre o paradeiro ou desaparecimento de Lorenzo. A primeira votação na CEMDP<br />

foi pelo indeferimento por estar a <strong>da</strong>ta fora do prazo de abrangência <strong>da</strong> Lei nº 9.140/95. Alarga<strong>da</strong> a abrangência com a re<strong>da</strong>ção de 2002, o<br />

requerimento foi aprovado por unanimi<strong>da</strong>de.<br />

JORGE OSCAR ADUR (1932 – 1980)<br />

Número do processo: 277/96<br />

Filiação: Juana Dominga Bernachea e Manuel Adur<br />

Data e local de nascimento: 19/03/1932 em Nogoyá/Argentina<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: Religioso e Montonero<br />

Data e local do desaparecimento: julho de 1980, no Brasil<br />

Data <strong>da</strong> publicação no DOU: Lei nº 9.140/95 – 04/12/95<br />

Religioso argentino, veio ao Brasil em julho de 1970 para acompanhar a primeira visita que o papa João Paulo II realizou ao país. Não<br />

há outras informações sobre <strong>da</strong>ta e local precisos do desaparecimento. Seu registro na Conadep <strong>da</strong> Argentina tem o número 400 e seu<br />

nome integra a lista de desaparecidos políticos anexa <strong>à</strong> Lei nº 9.140/95. Nascido em Nogoyá, província de Entre Rios, Argentina, tinha sido<br />

preceptor de noviços na Congregação de Religiosos de Assumpción, Chile, em 1969. Estudou no Colégio Nacional de Nogoyá e na Escuela<br />

Apostólica de los Religiosos Asuncionistas em Olivos. Os cursos de Filosofia e Teologia foram feitos no Chile. Foi um dos fun<strong>da</strong>dores <strong>da</strong><br />

Juventude Independente Católica, em 1970. Era membro <strong>da</strong> Organização de Padres do Terceiro Mundo e conselheiro de grupos paroquiais

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