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Direito à memória e à verdade - Ministério da Justiça

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JOSÉ FELICIANO DA SILVA (1920 – 1964)<br />

Número do processo: 092/02<br />

Data e local de nascimento: 14/09/1920, Campina Grande (PB)<br />

Filiação: Maria Francisca <strong>da</strong> Conceição<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: não defini<strong>da</strong><br />

Data e local <strong>da</strong> morte: 15/01/1964, Mari (PB)<br />

Relator: Belisário dos Santos Júnior<br />

Indeferido em: 26/08/2004<br />

O camponês pernambucano José Feliciano teria sido morto num<br />

confronto entre camponeses. Não estão anexados ao processo documentos<br />

que provem engajamento político ou que agentes do<br />

estado estivessem envolvidos na morte de José, o que levou ao<br />

indeferimento do processo na CEMDP.<br />

TAUDELINO DA ROCHA CORREA (1940 – 1964)<br />

Número do processo: 091/02<br />

Data e local de nascimento: 03/05/1940, Tucuruvi (RS)<br />

Filiação: não informa<strong>da</strong><br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: não informa<strong>da</strong><br />

Data e local <strong>da</strong> morte: janeiro de 1964<br />

Relator: Belisário dos Santos Júnior<br />

Indeferido em: 08/12/2005<br />

Segundo o requerimento de seus familiares, saiu de casa em<br />

10/01/1964, em São Borja (RS), junto com outras nove pessoas<br />

para trabalhar em uma fazen<strong>da</strong> do ex-presidente João Goulart, no<br />

Mato Grosso. Passado o prazo do contrato, que era de cinco meses,<br />

não retornou mais e se encontra desaparecido desde então. Não<br />

foram encaminhados <strong>à</strong> CEMDP documentos comprovando que o<br />

caso de Taudelino pudesse ser enquadrado na Lei 9.140.<br />

NELSON CORRÊA DE OLIVEIRA (? – 1964)<br />

Número do processo: 058/02<br />

Data e local de nascimento: não consta nos autos<br />

Filiação: Laura Correa de Oliveira e Joaquim Correa de Oliveira<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: não defini<strong>da</strong><br />

Data e local do desaparecimento: 1964, Petrópolis (RJ)<br />

Relator: Belisário dos Santos Júnior<br />

Indeferido em: 08/12/2005<br />

Segundo sua neta, Roberta Correa de Oliveira Cavaco, Nelson era<br />

médico e desapareceu em Petrópolis (RJ), em 1964. No requerimento<br />

apresentado <strong>à</strong> CEMDP, ela relata que o avô era comunista,<br />

participou <strong>da</strong> campanha “o petróleo é nosso” e desapareceu depois<br />

<strong>da</strong> derruba<strong>da</strong> do presidente João Goulart, quando saia de seu consultório<br />

naquela ci<strong>da</strong>de serrana.<br />

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COMISSÃO ESPECIAL SOBRE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS<br />

Roberta afirma ter ouvido de sua mãe que o avô teria sido preso e<br />

torturado, além de ter o consultório invadido e depre<strong>da</strong>do, “pos-<br />

sivelmente por integrantes do Exército”. Exército” No seu parecer propondo<br />

indeferimento, acatado por unanimi<strong>da</strong>de na Comissão Especial, o<br />

relator concluiu: “não há dúvi<strong>da</strong>s que Nelson teve militância política<br />

e sofreu as conseqüências dessa perseguição. Mas não há<br />

qualquer evidência que permita afirmar ter morrido de causas não<br />

naturais decorrentes de prisão por motivos políticos”. políticos”<br />

JOÃO DE CARVALHO BARROS (1908 – 1964)<br />

Número do processo: 371/97 e 095/02<br />

Data e local de nascimento: 24/07/1908, São Borja (RS)<br />

Filiação: Maria Barros e Carvalho e Antonio de Carvalho<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: PTB<br />

Data e local <strong>da</strong> morte: 02/04/1964, Belo Horizonte (MG)<br />

Relator: Maria do Rosário Nunes<br />

Indeferido em: 30/08/2006 e 05/05/1998<br />

Gaúcho de São Borja, João era militante do Partido Trabalhista<br />

Brasileiro (PTB) e trabalhava no matadouro do bairro São Paulo, em<br />

Belo Horizonte (MG). Segundo o relato dos familiares no requerimento<br />

que foi apresentado por duas vezes <strong>à</strong> CEMDP, sua casa foi<br />

invadi<strong>da</strong> por homens armados, em 02/04/1964, que atingiram João<br />

mortalmente. Os dois processos foram indeferidos na CEMDP por<br />

falta de depoimentos ou documentos comprovando as alegações<br />

dos requerentes. João de Carvalho Barros nunca tinha sido preso,<br />

sobre ele não pesou nenhuma acusação nem processo.<br />

JOÃO BISPO DE JESUS (1931 – 1964)<br />

Número do processo: 011/04<br />

Nome: JOÃO BISPO DE JESUS<br />

Data e local de nascimento: 04/01/1931, Santo Antonio de Jesus (BA)<br />

Filiação: Maria Silvina de Jesus e José Simião de Jesus<br />

Organização política ou ativi<strong>da</strong>de: Militar<br />

Data e local do desaparecimento: não defini<strong>da</strong><br />

Relator: Diva Santana<br />

Indeferido em: 09/11/2006<br />

A viúva de João Bispo, Zemira dos Santos, apresentou requerimento<br />

<strong>à</strong> CEMDP informando que ele foi preso, em dia e hora que não sabe<br />

precisar com exatidão, no mês de julho de 1964, encontrando-se desaparecido<br />

desde então. Ain<strong>da</strong> segundo ela, o fato ocorreu em Nova<br />

Iguaçu (RJ), onde Bispo era cabo <strong>da</strong> Marinha do Brasil e “desenvolvia<br />

ativi<strong>da</strong>des contrárias ao regime militar”. militar” A CEMDP, depois de vários<br />

pedidos de informação, concluiu não haver nos autos nenhuma prova<br />

<strong>da</strong> militância política e nem de que a morte tenha sido de responsabili<strong>da</strong>de<br />

de agentes do Estado, indeferindo o pedido.

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