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MÚSICA DE FESTIVAL: - Arte, Cultura e Sociedade na América ...

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de identidades regio<strong>na</strong>is, <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is. Na formação dos movimentos regio<strong>na</strong>listas sul-rio-<br />

grandenses, a relação entre o Movimento Nativista e os valores advogados pelo gauchismo.<br />

O Capítulo 3 estrutura-se em dois movimentos. A primeira parte do capítulo é<br />

dedicada a uma abordagem crítica sobre os principais estudos a respeito da chamada música<br />

regio<strong>na</strong>l gaúcha, ou música gauchesca. Considerada uma de suas vertentes, a música <strong>na</strong>tivista<br />

pode ser compreendida como um repertório de gêneros, considerados tradicio<strong>na</strong>is no Rio<br />

Grande do Sul por pesquisadores ligados aos movimentos regio<strong>na</strong>listas sul-rio-grandenses.<br />

Nesse sentido, atento para as construções sociais desses gêneros enquanto representantes de<br />

uma musicalidade dita regio<strong>na</strong>l e a constituição de valores atribuídos a essas práticas<br />

musicais. Na música <strong>na</strong>tivista, a centralidade do cantar opi<strong>na</strong>ndo e os significados a respeito<br />

da inovação estética e da qualidade musical – bandeiras hasteadas pelo movimento com<br />

relação à sua importância para a música gauchesca.<br />

A segunda parte do capítulo apresenta algumas das principais contribuições dos<br />

estudos sobre festas e festivais contemporâneos, no sentido de trazer à to<strong>na</strong> algumas questões<br />

suscitadas pelos dados etnográficos. Como expressão simbólica proeminente do movimento<br />

<strong>na</strong>tivista, os festivais de música tor<strong>na</strong>ram-se absolutamente centrais para o estudo da produção<br />

musical <strong>na</strong>tivista. Nesse sentido, a etnografia pretende dar conta dos principais aspectos da<br />

dinâmica do festival “Sapecada da Canção Nativa”, apontando para os processos de<br />

composição a<strong>na</strong>lisados no capítulo 4 da dissertação.<br />

Na primeira parte do Capítulo 4, apresento algumas questões a respeito da etnografia<br />

entre os compositores <strong>na</strong>tivistas da cidade de Lages e apontamentos sobre a própria etnografia<br />

enquanto objeto de pesquisa. Na seqüência desse debate, realizo a apresentação e análise dos<br />

dados etnográficos a respeito do processo de composição das canções que concorrem no<br />

festival Sapecada da Canção Nativa, entre os compositores da cidade de Lages. A etnografia<br />

leva em conta as trajetórias individuais dos interlocutores dentro do meio <strong>na</strong>tivista de Lages e<br />

os significados atribuídos a suas práticas musicais. Entendendo o processo de composição<br />

como um processo criativo não-fragmentado, as observações de encontros informais entre os<br />

parceiros de composição - ensaios, apresentações musicais e a apresentação durante o festival<br />

- pretendem contribuir para a compreensão das diferentes audições de mundo suscitadas pela<br />

produção de música <strong>na</strong>tivista no festival Sapecada da Canção Nativa.<br />

Fi<strong>na</strong>lizando o capítulo, apresento a transcrição e a análise de uma composição<br />

observada <strong>na</strong> etnografia sobre o processo de composição das canções que participam do<br />

festival Sapecada da Canção Nativa. Para além de uma concepção que entende a transcrição<br />

como um fim para a análise, esse ponto do capítulo tenta apreender as concepções <strong>na</strong>tivas<br />

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