MÚSICA DE FESTIVAL: - Arte, Cultura e Sociedade na América ...
MÚSICA DE FESTIVAL: - Arte, Cultura e Sociedade na América ...
MÚSICA DE FESTIVAL: - Arte, Cultura e Sociedade na América ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Fotografia 9: Público assistindo a triagem das composições do festival.<br />
A triagem ocorreu da seguinte forma: os jurados recebiam a letra da música (sem<br />
identificação dos autores) e em seguida ouviam a música. O tempo da audição variava, jamais<br />
se ouvindo a música inteira. Em seguida, os jurados davam uma nota (de 0 a 10) e a lançavam<br />
em uma planilha. Esta era repassada para o pessoal da organização, que a digitalizava.<br />
No início do evento algumas falas foram muito importantes para entender a triagem. A<br />
diretora da Fundação <strong>Cultura</strong>l, Sirlei Bordin, agradeceu o público presente e deu início aos<br />
trabalhos. Reiterou a importância da triagem aberta como um procedimento de transparência<br />
e compromisso do festival. Em seguida, a organizadora da Sapecada, Carla Arruda, pediu para<br />
que cada jurado se apresentasse e falasse sobre a triagem. Um dos jurados, o sul-rio-<br />
grandense Marcelo Oliveira, disse que primeiro se a<strong>na</strong>lisariam as letras das composições e<br />
que “música nenhuma salva letra” - por isso algumas músicas provavelmente nem seriam<br />
ouvidas. Outra fala que causou polêmica foi a do jurado Ramiro Amorim, de Lages, que<br />
afirmou ser contra a triagem aberta, pois o “júri é soberano e trata-se de um procedimento<br />
extremamente técnico”. A platéia não gostou muito, mas Amorim seguiu reafirmando sua<br />
posição, dizendo que a triagem aberta constrange os jurados. No entanto, pouco se ouvia do<br />
que os jurados discutiam <strong>na</strong> mesa durante o processo de triagem. Num dado momento do<br />
processo, um compositor que estava <strong>na</strong> platéia se manifestou porque não ouviram sua música<br />
até o fi<strong>na</strong>l. Segundo ele, a melhor parte do arranjo não foi ouvida. Arruda explicou para o<br />
compositor que os jurados não eram obrigados a ouvir a música toda e que eles tinham<br />
competência para a<strong>na</strong>lisá-la dessa forma. O compositor não pareceu muito satisfeito, mas<br />
seguiu acompanhando a triagem.<br />
31