Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC
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2.1.4. Coreia do Sul<br />
Muitos países da Ásia, exceto o Vietnã, que hoje carecem <strong>de</strong> planos para a sua transição à TVD, apesar <strong>de</strong> em 2010 ter sido<br />
estabelecido um canal utilizando a norma DVB, encontram-se em pleno processo <strong>de</strong> migração para a tecnologia digital.<br />
Por exemplo, Taiwan passou ao corte do sinal analógico <strong>de</strong> televisão em 2012, a Malásia em 2014, enquanto China, Tailândia<br />
e Filipinas preten<strong>de</strong>m realizar seus cortes em 2015. O último país, Singapura, tem como calendário para finalizar o processo <strong>de</strong><br />
transição perante os outros países da ASEAN entre os anos 2015 e 2020.<br />
O processo <strong>de</strong> digitalização na República <strong>de</strong> Coreia do Sul <strong>de</strong>senvolve-se mais <strong>de</strong>vagar do que inicialmente previsto, ao qual<br />
não são alheias as disputas entre distintas administrações relacionadas a ele. Desse modo, a Coreia do Sul anunciou o apagão<br />
analógico em maio <strong>de</strong> 2007 para o fim <strong>de</strong> 2012, o qual não chegou a ocorrer.<br />
Depois do Japão, a Coreia do Sul po<strong>de</strong>ria ser o segundo país do mundo a implantar o sinal <strong>de</strong> televisão doméstica 3D. A Comissão<br />
<strong>de</strong> Comunicações sul-coreana anunciou que no ano 2014 começarão a ser emitidos regularmente os primeiros conteúdos em 3D<br />
Full HD no país.<br />
Para que os sul-coreanos possam <strong>de</strong>sfrutar <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> TV precisarão <strong>de</strong> uma televisão compatível com 3D, óculos tridimensionais<br />
e um novo adaptador para a recepção do sinal <strong>de</strong> TV, além do equipamento necessário para a recepção da TV Digital, em caso <strong>de</strong><br />
não dispor do adaptador já integrado ao aparelho <strong>de</strong> televisão.<br />
2.1.5. República Popular da China<br />
Como em outros cenários tecnológicos, o país com maior população do planeta conta com um sistema próprio e diferenciado nesse<br />
caso para a TV Digital. Trata-se <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> difusão em mobilida<strong>de</strong> bastante avançado, já que foi lançado em 2003 pela<br />
companhia Shanghai Oriental Pearl Mobile TV Multimedia Co. Ltd.<br />
A República Popular da China (com Hong Kong e Macau) promoveu um padrão próprio, com direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> intelectual<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes com avanços tecnológicos também originais. Esse padrão, cujo código é GB 20600-2006, tem como nome oficial<br />
Digital Terrestrial Multimedia Broadcast (DTMB), que também conta com uma versão <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> (DHMB), e é operacionalizado<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008.<br />
As emissões regulares <strong>de</strong> TVD foram lançadas entre 2006 e 2007. Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007, a Asia Television Limited e a Television<br />
Broadcast Limited, duas TVs abertas <strong>de</strong> Hong Kong, começaram as emissões em TVD-t. Nos meses anteriores, foram preparados<br />
todos os equipamentos <strong>de</strong> emissão e implantados processos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> pessoal que permitiram iniciar as emissões nos<br />
prazos previstos com as garantias necessárias. As emissões em testes tiveram como objetivo consolidar o serviço <strong>de</strong> TV móvel em<br />
meios <strong>de</strong> transporte e a televisão <strong>de</strong> recepção fixa em lugares públicos (cafeterias, hotéis, escritórios etc.).<br />
2.2 América Latina<br />
2.2.1. <strong>Brasil</strong> 21<br />
Os estudos sobre TVD começaram no <strong>Brasil</strong> no fimdos anos 1990, do século XX. O governo <strong>de</strong> Fernando Henrique Cardoso indicou<br />
como melhor sistema para TVD o ATSC, e, em 2003, o governo Lula retomou os estudos sobre o tema incentivando testes com<br />
todos os padrões e anunciou estímulo à pesquisa nacional. Em 2006, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estudos que envolveram 1.200 pesquisadores<br />
brasileiros e 23 instituições além <strong>de</strong> testes, <strong>de</strong>bates e consultas públicas, o <strong>Brasil</strong> adotou a norma chamada nipo-brasileira também<br />
conhecida como ISDB-T. No país, o padrão se chama Sistema <strong>Brasil</strong>eiro <strong>de</strong> TV Digital Terrestre (SBTVDT).<br />
Do lado japonês, foi aproveitada a robustez do sistema que permitia chegar a regiões longínquas, com cida<strong>de</strong>s montanhosas e/<br />
ou com alto índice <strong>de</strong> edifícios. O lado brasileiro aportou as experiências com interativida<strong>de</strong> para televisão digital terrestre – que<br />
também po<strong>de</strong> ser utilizada em outras plataformas tecnológicas – através do middleware Ginga. Essas camadas <strong>de</strong> software que<br />
permitem a interativida<strong>de</strong>, a interoperabilida<strong>de</strong>, a usabilida<strong>de</strong>, a acessibilida<strong>de</strong>, a mobilida<strong>de</strong> e a portabilida<strong>de</strong> na TV Digital foram<br />
<strong>de</strong>senvolvidas em software livre pela Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica do Rio <strong>de</strong> Janeiro (PUC-RJ) e pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da<br />
Paraíba (UFPB), e consi<strong>de</strong>radas o melhor padrão pela União Internacional <strong>de</strong> Telecomunicações (UIT) em 2008.<br />
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A parte brasileira foi escrita por Cosette Castro.<br />
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