28.11.2014 Views

Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC

Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC

Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Brasil</strong> <strong>4D</strong> <strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> Socioeconômico sobre a TV Digital Pública Interativa<br />

3.8.7 Aplicações, serviços e conteúdos interativos em TDT e aplicações,<br />

serviços e conteúdos públicos televisivos<br />

Como diferentes autores assinalam, o conceito <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> refere-se a dois fenômenos diferentes (Stromer-Galley, 2004).<br />

A interativida<strong>de</strong> como processo estabelece-se entre pessoas por meio das tecnologias. Por exemplo, na etapa pré-eleitoral, os<br />

cidadãos participam <strong>de</strong> forma sincrônica (chat, em tempo real) ou assincrônica (mensagem) com o candidato presencial em um site.<br />

A interativida<strong>de</strong> como produto implica que certas tecnologias permitam as pessoas interagirem com o próprio sistema <strong>de</strong> TV Digital,<br />

por exemplo, quando um cidadão envia um e-mail ao candidato presi<strong>de</strong>ncial em que a resposta não está assegurada, po<strong>de</strong>ndo<br />

limitar o sucesso da interativida<strong>de</strong>. Um sistema tecnológico permite a interativida<strong>de</strong> se o sistema tem uma via <strong>de</strong> retorno, como é<br />

o caso do Sistema <strong>Brasil</strong>eiro <strong>de</strong> TV Digital Interativa. A via <strong>de</strong> retorno é intrínseca quando o sistema a provê com seus próprios<br />

recursos. Ou extrínseca quando o sistema recorre a um complemento tecnológico, ou seja, quando necessita <strong>de</strong> uma segunda ou<br />

terceira tela para realizar o diálogo e o processo interativo com a população (Castro, 2013).<br />

No cenário das ondas hertzianas, tanto em analógico quanto em TVD, o processo <strong>de</strong> migração abre um leque <strong>de</strong> novos serviços,<br />

aplicativos e conteúdos para a televisão pelo ar: multiprogramação, melhor qualida<strong>de</strong> na imagem e som, portabilida<strong>de</strong> e mobilida<strong>de</strong>,<br />

interativida<strong>de</strong> e interoperabilida<strong>de</strong>. A TV Digital po<strong>de</strong>, e <strong>de</strong> fato é o que há <strong>de</strong> mais amplo em experiências comparadas, ampliar a<br />

oferta <strong>de</strong> programação e <strong>de</strong> conteúdos audiovisuais interativos.<br />

Castro (2011) difere os conteúdos, os aplicativos e ao serviços digitais interativos.<br />

Conteúdos digitais: todo material <strong>de</strong> áudio, ví<strong>de</strong>o, texto e dados que circulam em uma ou mais plataformas tecnológicas. Esses<br />

conteúdos digitais po<strong>de</strong>m ser interativos ou ofertados sem interativida<strong>de</strong> 29 . Os conteúdos interativos possuem distintos níveis <strong>de</strong><br />

interação com os seus públicos e diferem ao serem <strong>de</strong>senvolvidos para TV Digital, computadores, vi<strong>de</strong>ojogos, jornal e revistas<br />

digitais ou celulares com acesso à Internet. Consi<strong>de</strong>ramos conteúdos digitais interativos para televisão digital todos aqueles<br />

materiais que incluem os recursos interativos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o roteiro.<br />

2.2. Aplicativos digitais: são programas <strong>de</strong> software <strong>de</strong>senvolvidos para computadores, celulares, vi<strong>de</strong>ojogos, cinema, jornais e<br />

revistas digitais, assim como para convergência tecnológica, que permitem aos interessados <strong>de</strong>sempenharem uma tarefa específica<br />

na plataforma digital que estiverem utilizando. Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidos em código aberto ou fechado e ofertados <strong>de</strong> forma paga<br />

ou gratuita.<br />

2.3. Serviços digitais: são consi<strong>de</strong>rados os materiais <strong>de</strong> áudio, ví<strong>de</strong>o, texto ou dados digitais produzidos em uma única ou<br />

em várias plataformas tecnológicas (TV ou rádio digital, celulares, computadores mediados pela Internet, vi<strong>de</strong>ojogos e cinema<br />

digital) com objetivo <strong>de</strong> ofertar serviços públicos pagos ou gratuitos à população. Esses serviços incluem o pagamento <strong>de</strong> taxas, a<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cursos gratuitos <strong>de</strong> educação a distância, o acompanhamento <strong>de</strong> processos judiciais e a marcação <strong>de</strong> consultas,<br />

entre outros.<br />

Em termos <strong>de</strong> inclusão social e digital, afirma Castro (2011), “não basta que os projetos <strong>de</strong> conteúdos, aplicativos e serviços digitais<br />

sejam oferecidos em uma ou em diferentes plataformas digitais ao mesmo tempo, através <strong>de</strong> dispositivos multiplataformas”. É<br />

preciso que possuam valor agregado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a origem; isto é, sejam pensados <strong>de</strong> forma integral e complexa, contemplando as<br />

diferentes necessida<strong>de</strong>s da população, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista econômico, social, cultural, educativo ou lúdico. Nesse sentido, os<br />

quesitos <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, usabilida<strong>de</strong>, mobilida<strong>de</strong>, portabilida<strong>de</strong>, interativida<strong>de</strong> e interoperabilida<strong>de</strong> passam a ganhar o mesmo<br />

peso que a oferta <strong>de</strong>sses materiais <strong>de</strong> áudio, ví<strong>de</strong>o, texto e dados <strong>de</strong> forma aberta e gratuita.<br />

3.8.8. Algo mais que televisão<br />

Níveis <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> e aplicações<br />

Tomando como referência os trabalhos <strong>de</strong> Prado (2006), para analisar o caso dos serviços interativos que se <strong>de</strong>senvolvem na<br />

implantação da TVD, cria uma tipologia pela qual <strong>de</strong>finiu três gran<strong>de</strong>s tipos <strong>de</strong> conteúdos na televisão interativa:<br />

a) Serviços Interativos Autônomos (SIA): produtos audiovisuais que estão sempre à disposição do telespectador pelo qual<br />

são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do fluxo televisivo. Po<strong>de</strong>-se acessá-los <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma aplicação do sistema ou por walled gar<strong>de</strong>n (“jardins<br />

cercados”). Esses serviços po<strong>de</strong>m ser fornecidos pelo operador <strong>de</strong> televisão ou por um provedor externo. A maioria necessita<br />

<strong>de</strong> um canal <strong>de</strong> retorno e tem uma estrutura multimídia.<br />

29<br />

Aqui, consi<strong>de</strong>rada como a relação que se estabelece entre o campo da produção e o da recepção, no qual os atores sociais passam a interagir, em diferentes<br />

níveis, com os produtores e/ou editores <strong>de</strong> audiovisuais digitais, po<strong>de</strong>ndo participar, comentar ou mesmo produzir conteúdos para enviar a uma empresa. Até pouco tempo,<br />

a interativida<strong>de</strong> analógica era restrita ao rádio, e a interativida<strong>de</strong> digital, aos computadores e rádio. Atualmente, inclui a TV Digital, os celulares e os vi<strong>de</strong>ojogos em re<strong>de</strong>.<br />

87

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!